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A Espada do Destino (THE WITCHER: A Saga do Bruxo Geralt de Rívia Livro 2) – Andrzej Sapkowski

Retornamos a essa série, mais uma vez este ano! E com satisfação! Já resenhamos aqui O Último Desejo, o primeiro livro.

A história de Geralt é contada de modo fragmentado, através de contos independentes, mas interligados entre si.

Neste segundo volume temos seis contos:

  • O limite do possível;
  • Um fragmento de gelo;
  • O fogo eterno;
  • Um pequeno sacrifício
  • A espada do destino; e
  • Algo mais.

O autor segue fazendo referências irônicas aos tradicionais contos de fada como A Pequena Sereia, Rapunzel, Branca de Neve, entre outros. Mas isso não é o centro das narrativas. Nesse segundo volume, o destino aparece como tema na maioria dos contos.

Os contos são bem escritos, cortados pelo bom humor e algumas sacadas filosóficas. Geralt é correto em seus princípios e atormentado por ser diferente, incapaz de saber ao certo se possui sentimentos ou se estes foram extirpados durante sua formação. Um pouco da seriedade de Geralt é sempre quebrada pela presença de Jaskier, ou outros personagens que acabam fazendo papel semelhante.

O limite do possível, é um dos contos já retratados na primeira temporada da série da Netflix. É bem interessante, com diversos persoangens envolvidos numa caçada a um dragão.

O segundo conto, Um fragmento de gelo, possui algumas reviravoltas e descreve a disputa entre Geralt e o feiticeiro Istredd pelo amor de Yennefer. Também mostra um pouco da cidade de Aedd Gynvael e a própria relação entre Geral e Yennefer.

O fogo eterno é bem divertido. Nele Geralt e o trovador Jaskier tem de lidar com um mímico, ou doppelganger. Interessante a presença de um personagem da raça dos “Ananicos” (semelhantes a Hobbits) e com um tipo de desenvolvimento bem interessante. Interessante como que em vários contos da série é mostrada a relação dos humanos como destruidores da natureza e raças inteligentes que fazem parte da mesma, lembrando os massacres promovidos por conquistadores europeus a diversos povos das américas.

O quarto conto, Um pequeno sacrifício, foi um dos que mais gostei. Aqui Geralt tenta ajudar um príncipe apaixonado por uma sereia prosseguir com seu relacionamento. Mas se envolve numa investigação perigosa envolvendo criaturas marítimas assassinas. Aqui Geralt fica conhecendo a trovadora Essi Daven, um novo interesse amoroso além de Yennefer.

Em A espada do destino, relaciona-se diretamente com dois contos do primeiro volume. Mostra o encontro de Geralt com a princesa Ciri e um pouco do conflito entre humanos as dríades da floresta de Brokilon.

Em Algo mais, Geralt fica terrivelmente ferido e pela primeira vez se encontra com a mulher que seria sua mãe. Além disso, volta a reencontrar Jaskier e descobre que Cintra caiu nas garras dos nilfgaardianos. Lembrando-se do passado e refletindo sobre o destino, o conto termina com mais uma prova de que o destino parece querer se concretizar.

Gostei muito da leitura e recomendo para que gosta de fantasia, ou mesmo para quem não tem contato com o gênero, seria uma ótima porta de entrada.

Onde Kombi Alguma Jamais Esteve: O Taura No Fim do Universo – Gilson Luis Da Cunha

Sinopse

Vencedor do Prêmio Argos 2020 de melhor romance. Alfredo tem 80 anos e está agonizando, vítima de câncer, em um quarto de Hospital em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Mas, para esse gaudério de Soledade, a morte não é o fim. Um experimento paranormal, do qual ele participou involuntariamente, mais de quarenta anos antes, será o responsável por sua ressureição, em um corpo clonado por seres extradimensionais conhecidos como grays, que o incumbiram de uma “simples” missão: Salvar a humanidade (e outras espécies) da extinção ou escravidão sob o jugo dos Tarv, uma raça de seres que deseja moldar a evolução à sua imagem e semelhança. Para evitar que isso ocorra, seus mentores o equipam com a mais estranha nave já construída: Sua Kombi 1963, que agora é capaz de viajar mais rápido que a luz, viajar no tempo e cruzar universos paralelos. Eles também o modificaram geneticamente, tornando-o mais forte e inteligente do que qualquer um que já viveu e, virtualmente, imortal. Contudo, talvez isso não seja o bastanteEm uma missão na lendária área 51, Alfredo resgata Otávio Medeiros, também conhecido como Buddy Holly, devido a sua semelhança com o pioneiro do Rock and Roll. As diferenças entre eles não poderiam ser maiores. Otávio é um jovem e sofisticado intelectual urbano. Alfredo, por sua vez, mesmo dotado pelos Grays de vastos conhecimentos, que abrangem desde astrofísica avançada até pérolas de cultura inútil, é, essencialmente, um “índio grosso, mais grosso que dedo destroncado e que adora ser grosso”. Apesar disso e, talvez, por causa disso, os grays incumbem Alfredo e Otávio de investigar tentativas de infiltração Tarv na Terra dos séculos XIX e XX. Agora, ambos precisarão sobreviver a um jogo mortal, engendrado bilhões de anos antes do nascimento da espécie humana. E à vontade de socarem o nariz um do outro…

Genial! É a primeira coisa que você precisa saber sobre esse livro. É ao mesmo tempo sátira e história de ficção científica. Toda trama é permeada pelo humor, metalinguagem e referências. Romance bem construído no qual o autor demonstra um domínio de narrativa semelhante ao que faz Terry Pratchett em sua série Discworld.

O protagonista, Alfredão, é impagável. Tanto ele como seu parceiro, Otávio, são gaúchos advindos de diferentes épocas e trazem para a história toda um perspectiva bem brasileira temperada com o típico linguajar sulista. Para explicar muitas das expressões herméticas do gauchês, e inúmeras referências à cultura pop, o autor faz uso de notas de rodapé bem humoradas que criam um subtexto divertido e informativo. Somam-se ao elenco o veículo de Alfredo: a Kombi – Cremilda -, alienígenas e personagens históricos.

Impressiona bastante, a capacidade do autor para criar de cenas vívidas, na qual o domínio sobre contexto, descrições e diálogos realmente são capazes de fisgar o leitor. Isso fica bem evidente já no início do livro, num momento anterior ao leitor conseguir compreender o que se passa e navegar dentro da trama.

Não é atoa que este livro foi o vencedor do Prêmio Argos 2020 de melhor romance.

Para evitar spoilers, não vale detalhar aspectos da trama, além dos escolhidos para a própria sinopse. Mas vale dizer que, além de uma narrativa divertida, há um aspecto de crítica social muito interessante na obra. É decorrente da inclusão de alguns personagens históricos na trama, que, é claro, envolve viagens no espaço-tempo.

Falando nos elementos da FC, não é por que o estilo da obra baseia-se no humor para construir a trama, que os aspectos de construção de mundo e regras/lógica das extrapolações de leis da física não sejam muito bem construídas. Esse livro é como uma cebola que contém várias camadas que se acomodam para formar um todo cujo objetivo principal é entreter o leitor com uma boa história.

Em resumo, essa obra contém: prosa sólida, elementos brasileiros, um mix de referências às obras da cultura pop, em especial, obras de FC, personagens bem construídos e divertidos, uma trama que leva o leitor para lugares inesperados e até mesmo, uma inusitada cena pós-créditos… Leiam! É um livro genial e divertido!

Link para compra:

Valente para sempre – Vitor Cafaggi

Valente conta a história de um tímido jovem à procura do amor de sua vida. Mas esta não é a típica história de amor que se vê nos filmes, seriados e novelas. Mais próxima da realidade, ela mostra como os diferentes parceiros que encontramos pelo caminho e todas as experiências que passamos ao lado deles influenciam em quem somos e em quem vamos nos tornar. Sucessos e fracassos, alegrias e decepções, Valente é sobre as garotas que encontramos em nossas vidas antes de encontrarmos A garota de nossas vidas. Totalmente criado, escrito e desenhado por Vitor Cafaggi, autor de Laços, a graphic novel estrelada pela Turma da Mônica e publicada pela Panini.

Eu não conhecia o autor e nem o título, mas me interessei depois de ver uma palestra do Vitor Cafaggi num recente evento de quadrinhos sediado em BH.

Encontrei um box com os seis volumes a um bom preço na loja da Panini e após a conclusão da leitura do primeiro livro, tenho certeza que foi uma boa compra.

A sinopse acima é muito boa e já diz o que você vai encontrar nessa HQ. Além disso, o que posso acrescentar?

Parte visual

O traço de Cafaggi é muito expressivo. Ele consegue dar vida e transmitir emoção a seus personagens, além de comunicar diversas sutilezas aproveitando-se bem da linguagem própria dos quadrinhos. Aliás, o autor se apropria do formato de tiras duplas para criar uma narrativa episódica de cada página, ao mesmo tempo que vai construindo um arco narrativo maior no conjunto das páginas.

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Narrativa

O roteiro e a parte visual se fundem para construir a narrativa da obra. O autor domina a escrita de diálogos dramáticos com toques de humor. A psicologia do protagonista é explorada em torno de suas emoções, mas também, com alguns toques de sacadas filosóficas existenciais. Sua habilidade narrativa torna fácil para o leitor se identificar com as situações, emoções e reflexões dos personagens.

Valente Para Sempre conta uma história situada na adolescência, uma fase recheada de descobertas e experiências sobre o mundo e relacionamentos. As situações não são necessariamente atadas a vivências da fase escolar, podem muito bem acontecer em outros momentos da vida de qualquer pessoa, tendo assim, um aspecto que possibilita identificação universal. Uma ótima leitura!

Veja mais.

Autor: Vitor Cafaggi | Editora: Panini | Páginas: 97 | Ano: 2018

Fundação e Império – Isaac Asimov

Seguindo a leitura da triogia Fundação, chegamos ao segundo livro.

Este segundo livro é dividido em duas partes e é menos episódico que o primeiro, ainda assim senti falta de personagens memoráveis ou com os quais me identificar.

É claro que estamos acompanhando uma história que a função de protagonista não está em torno de um personagem, mas sim, de um ideal, a própria Fundação.

Um experimento social de dimensões imensas no espaço e no tempo e que deve cumprir o objetivo de salvar a galáxia da barbárie dentro de um prazo de mil anos.

O livro possui algum suspense, mas a solução, ainda que interessante, não emociona. Por outro lado, não há como negar que as ideias de Asimov são brilhantes. Devemos admirar a maneira que ele introduz questões de ciência, política, economia e guerra na trama. Assim como o primeiro livro, os diálogos e motivações dos personagens remetem mais ao passado que ao futuro, é claro, quase toda obra de FC é um produto de seu tempo, os anos 1950.

Os personagens presentes na trama não são desenvolvidos de modo aprofundado e o leitor precisa se agarrar ao mistério envolvendo o mutante conhecido como Mulo, que põe em risco todo o trabalho idealizado pelo psicohistoriador, Hari Seldon.

Ainda assim, o livro é parte de uma trilogia clássica da FC que depois o autor expandiu para um total de 7 livros. Termina deixando um bom gancho para o próximo livro da série, Segunda Fundação.

Participações na Quarta Feira de Quadrinhos da Casa

Estaremos participando do Quarta Feira de Quadrinhos da Casa de 11 a 13 de junho.

Teremos duas lives…

A primeira dia 12/06 – 16:00 com o artista Fabrício Santos. Falaremos sobre a HQ de fantasia sombria Quill, o exterminador de demônios e outros projetos que estamos desenvolvendo.

Visite o link e defina um lembrete

Para a segunda live, 13/06 – 16:00, convidamos o Diretor Laly Cataguases e Produtor de Filmes de Animação Rafael Guimarães para conversar sobre o Desenvolvimento de projetos para múltiplas plataformas. Vamos falar sobre as trajetórias do Homem-Café, do premiadíssimo curta Meu Melhor Amigo e sobre outros projetos e suas relações com as diversas plataformas.

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