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Irskaal – Rodrigo Leme e Matheus Albano

Sinopse e Trama

Definida pelos autores como HQ SCI-FI BRASILEIRA INDEPENDENTE, “Irskaal” nos apresenta uma história de exploração espacial e autodescoberta. A protagonista, Artana, é uma geóloga interplanetária enviada para investigar um planeta desconhecido em busca de um recurso valioso, a onirita. Contudo, após uma tempestade destruir sua nave, ela se vê presa nesse ambiente alienígena, precisando enfrentar desafios de sobrevivência e a complexidade de interagir com os habitantes nativos. A trama entrelaça temas como colonização, ciência e natureza, criando um enredo reflexivo, estranho e tenso.

Os Autores

Irskaal é a HQ de estreia de Rodrigo Leme e Matheus Albano. Combina o talento de Rodrigo Leme, desenhista e criador do conceito, e Matheus Albano, que assina o roteiro. A combinação da arte de Rodrigo e da narrativa de Matheus oferece uma experiência imersiva, transportando o leitor para um mundo novo e fascinante.

Arte e Estilo

O que me chamou a atenção primeiro foi a capa, ao folear, algo na obra me lembrou o trabalho de Moebius. Pensei assim: Moebius brasileiro… que legal!

Tecnofantasia: explore o Subgênero que Une Magia e Tecnologia

CRYSTAL SINGER (1981)
Acrylic on Watercolor Board 20? x 30?
Artista: Michael Whelan
Ilustração para a obra de Anne McCaffrey

Tecnofantasia é um subgênero da fantasia que mistura elementos de ciência e tecnologia com a magia, sem se prender a explicações científicas ou racionalizações. Quanto menos realistas e mais as explicações tecnológicas assumem um tom de “tecnojargão” e abraçam o irreal, mais a obra se aproxima da tecnofantasia. Esse conceito foi descrito como “destruir a diferença entre magia e ciência”.

Em que subgêneros de fantasia temos interação de magia e máquinas?

Subgêneros literários ajudam a categorizar obras e criar expectativas nos leitores, mas nem sempre uma história se encaixa perfeitamente em uma única categoria. Muitas vezes, encontramos obras que misturam elementos de vários gêneros, e a tecnofantasia é um excelente exemplo disso.

Para falar dos gêneros adjacentes à Tecnofantasia, poderíamos navegar pela Fantasia Urbana, Dungeon Punk, Fantasia Científica entre outros. Mas selecionei o Dungeon Punk como um subgênero muito próximo que ajuda e entender a Tecnofantasia.

Dungeon Punk

Conforme o site TV Tropes, Dungeon Punk é um subgênero que aplica a estética sombria e distópica (como Cyberpunk e Steampunk) a cenários de fantasia heroica. Neste gênero, magia e tecnologia se fundem de forma única:

  • Ferrovias movidas por demônios presos ou elementais de ar.
  • Rádios que utilizam magia simpática ao invés de ondas eletromagnéticas.
  • Forças aéreas compostas por cavaleiros de dragão, e não por pilotos de caça.

Dungeon Punk compartilha muito com a tecnofantasia, pois apresenta um mundo onde magia e tecnologia são indistinguíveis ou se complementam.

O que é ficção relâmpago? E por que você deveria se importar com isso?

Isto não é um cachimbo. (E também não é uma ficção relâmpago)

René Magritte, um dos mais importantes pintores surrealistas belgas, nos presenteou com uma das obras de arte mais intrigantes e provocativas do século XX: “A Traição das Imagens”. Abaixo da imagem de um cachimbo, Magritte inscreveu a frase “Ceci n’est pas une pipe” (em português: “Isto não é um cachimbo”). Essa afirmação aparentemente simples subverte nossa percepção da realidade e da representação artística.

Esse não é o quadro – “A Traição das imagens”. Também não é uma representação codificada em linguagem de máquina. Também não são pixels voando da tela para seus olhos.

Ficção Relâmpago (SQN)

Ficção relâmpago é uma das traduções aceitáveis para o termo Flash Fiction, que denomina as histórias escritas pelo super-heroi velocista “The Flash”. Ah, não, me desculpe. Isso foi uma péssima piada.

Este não é o Flash escrevendo uma Flash Fiction. Esta não é uma máquina de escrever steampunk com um display de magicita quebradora de janelas dimensionais. Este que não é o Flash, também não está fumando um não cachimbo.

Eu sei, você vem aqui para saber de um assunto e descobre que isso é um esquema de pirâmide das piadas ruins, por exemplo, o que são dois pontinhos pretos num microscópio? Uma blacktéria e um pretozoário. Já devia ter ido embora, certo? Mas se ainda não foi, aproveite para ver essa dupla pela primeira vez.

Estes não são uma blacktéria e um pretozoário. Esse seres não existem. Quer dizer, agora, meio que existem…

Tempos modernos (pouco tempo para ler)

Sabe, o mundo hoje anda muito acelerado, somos bombardeados com ofertas de filmes, séries, quadrinhos, livros, e UFA! É fácil sentir-se sobrecarregado… Ler aquele livro maior, ou mesmo aquela trilogia, ou série, fica mais difícil e nos vemos largando muitas leituras pela metade.

Aí entra a ficção relâmpago. Um formato que respeita o seu tempo e ainda assim oferece uma experiência completa (ou não). São histórias que você pode terminar em minutos (ou não), mas que permanecem com você por muito mais tempo (ou não). Aqui, você chega no final! (ou não)

Esta não é uma imagem desenhada por uma pessoa real. Isto não é extatamente o que pedi, e nem bem o que esperava receber quando resolvi dar um pincel ao meu robô de aluguel para que ele desenhasse por mim, já que não tenho dinheiro para contratar alguém para desenhar o que eu realmente queria.

Pausa para zoar a imagem gerada por IA. Olha esses rostos! MDS! Realmente já me sinto entrando em outra dimensão…

Minha história com ficções relâmpago e minhas histórias que são ficções relâmpago

Então vamos lá que vou te falar por que as ficções relâmpago são importantes para mim. Ah, sim, não me apresentei? Sou Carlos Rocha, escritor de fantasia e ficção científica e mantenho esse cantinho esquisito aqui da internet chamado Selo Multiversos.

Devo avisar que se você quiser, nos dias de hoje, receber uma definição “enciclopédica” do que é ficção relâmpago, está no lugar errado. Estamos na era das inteligências artificiais, e elas, apesar de fazerem esquisitices, certamente vão te oferecer um texto bem mais completo e careta sobre esse assunto (ou não). E se você pedir para elas desenharem coisas para você, se arriscará a ganhar uma careta bizarra como resultado, viu?

(finalmente) Definindo Ficções Relâmpago

Existem várias definições sobre a ficção relâmpago, nunca encontrei uma concordância plena nessas definições. O conceito que funciona para mim é: “uma narrativa de ficção bem curta, mas que possui personagens e trama.” Faltou falar das métricas: tamanho de 300 a 1500 palavras. Menor que 300, microconto. Maior que 1500, conto.

O termo “flash” foi concebido para denotar a brevidade e velocidade dessas narrativas. Em teoria, elas deveriam ser eficientes e entregar o máximo de impacto no mínimo de tempo. É… É o que muitos dizem, deve ser impactante, um soco no estômago. Mas eu discordo parcialmente. Vênia máxima para os escritores habilidosos que fazem isso muito bem, mas penso que é uma diretriz restritiva.

Pra mim, a ficção relâmpago é um tipo de texto que pode dar um gostinho bom na boca (ou ruim). Todavia, a vantagem é que não demora muito para você consumir o texto e poder ter suas impressões. É um petisco literário. Poderia ser uma latinha de Pringles(r), um saquinho de Torcida(r), um saquinho rosa de pipoca He-man(r) Aritana(r), enfim, escolha o seu salgadinho e vamos em frente…

A força da Ficção Relâmpago

Este não é o Capitão Ficção Relâmpago.

O formato tem uma peculiaridade que acho bem interessante: é necessário ser sucinto, cabem poucas ideias e personagens. É uma ginástica criativa que desafia o escritor a equilibrar clareza e complexidade.

A verdadeira magia da ficção relâmpago não está apenas na brevidade. Está no impacto. Uma boa história nesse formato é como olhar por uma fresta e vislumbrar um universo inteiro – algo que mexe com a sua imaginação e transforma o seu dia.

No meu caso, adoro escrever ficções relâmpago de fantasia e ficção científica. Quando escrevo neste formato, me sinto viajando por múltiplas portas dos multiversos. (Sim, eu creio em multiversos e não multiverso. Já que é múltiplo, por que se contentar com apenas um?)

Saudades da Mafagafo e da Faísca

Na faz muito tempo, houve um movimento em torno da ficção relâmpago devido à revista Mafagafo e a newsletter Faísca. Ainda me sinto agradecido a Jana Bianchi por ter conduzido essas publicações, pois foi através delas que descobri o gosto por escrever neste formato. Meu texto, Tetas de Ouro, que saiu na Faísca, infelizmente já não circula mais. Mas ele integra minha antologia Contos Insólitos de Ficção (quase) Científica (disponível na Amazon), mas que tem contos maiores.

Se você não sabia nada sobre esse formato, espero que tenha aprendido alguma coisa. Se estiver procurando um artigo mais certinho, eu indico esse aqui do Raphael Santos:
https://escritaselvagem.com.br/como-escrever/o-que-e-flash-fiction/

Tempestade de Ficção

A minha maior experiência com o formato é a série Tempestade de Ficção. Desde 2020, iniciei este projeto experimental e lanço volumes (mais ou menos) anuais com 20 histórias de fantasia e/ou ficção científica, cada uma um pequeno portal para novos universos.

O próximo volume, Fantasia Mecanizada, está chegando. Que tal embarcar nessa viagem?

Bônus – Gringos amam ficção relâmpago.

Se você lê em inglês, visite:

Apex Magazine – uma revista profissional focada em ficção científica, fantasia e horror.
Flash Fiction Magazine – uma revista online que publica uma ficção relâmpago por dia.
Techno-Fantasy – uma nova editora de quadrinhos e prosa que está publicando ficções relâmpago quinzenalmente.

[ATUALIZADO] Revista Cascártica – aceitando e publicando ficções relâmpago no Brasil.

Até a próxima. Como diria o He-man:

Selo Multiversos: A imaginação transforma. Universos para você imaginar.

Este não é o He-man. Ele não está comendo pipoca He-man. E sim, ARATAONA. E ele está lendo um maravilhos divro de LIGHTING FOCTION! Sabe, eu morro de rir desses robôs…

Decisão em Capella – Gerson Lodi-Ribeiro

Decisão em Capella, de Gerson Lodi-Ribeiro, expande o universo fascinante de Aeternum Sidus Bellum, que já nos brindou com obras como Germes Mortais e Simbiontes. Nesse universo, marcado pela tensão constante entre a humanidade e o temível Império Ry’whax, Lodi-Ribeiro constrói uma Space Opera que habilmente equilibra a grandiosidade e os detalhes minuciosos da ficção científica hard.

O ponto mais cativante de Decisão em Capella é a imersão na cultura das carilybits, uma espécie alienígena de lobas bípedes com um rigoroso sistema matriarcal. A narrativa explora com maestria a perspectiva delas, oferecendo ao leitor uma experiência única de “primeiro contato” sob uma lente verdadeiramente alienígena. As carilybits são mais guiadas pelo olfato do que pela visão, e o autor emprega essa diferença sensorial para aprofundar a sensação de alteridade. Essa sociedade, onde os machos são privados de racionalidade e as fêmeas detêm o poder, é um retrato rico e multifacetado de um mundo alienígena, com suas próprias políticas, conflitos e dilemas existenciais.

A trama se desenrola em um momento crítico: o primeiro contato das carilybits ocorre sob a pressão esmagadora de uma guerra interstelar entre a humanidade e os Ry’whax. Presas em um dilema ético e estratégico, as carilybits enfrentam a escolha de aliar-se aos humanos, sob risco de se tornarem alvo do poder brutal do Império Ry’whax, ou aceitar a vassalagem imposta por esse inimigo implacável. Essa decisão, carregada de consequências, define o destino de um povo à beira do abismo.

Além da complexa narrativa das carilybits, Lodi-Ribeiro alterna capítulos sob os pontos de vista humanos e Ry’whax, enriquecendo a obra com múltiplas perspectivas e uma visão mais abrangente dos desdobramentos do conflito. Essa abordagem multiperspectiva intensifica o drama e a sensação de escala da guerra, permitindo que o leitor compreenda não só a urgência da decisão em Capella, mas também as motivações e as fraquezas dos envolvidos.

Lodi-Ribeiro, com sua habilidade em criar mundos densos e verossímeis, convida o leitor a refletir sobre escolhas, lealdades e a luta pela sobrevivência sob circunstâncias extremas. Decisão em Capella é mais do que uma aventura espacial; é uma exploração de moralidade, identidade e poder sob o prisma de espécies distintas, tornando-o uma leitura interessante para fãs de ficção científica que buscam a profundidade intelectual.

Lançamento: A Tumba Grandiosa

Prepare-se para embarcar em uma jornada rumo às sombras e perigos ancestrais. No conto “A Tumba Grandiosa,” Carlos Rocha, escritor de fantasia e ficção científica, transporta os leitores para uma cidade próxima a uma antiga cidadela envolta por antigas muralhas e mistérios ocultos. Nesta história de espada e feitiçaria, acompanhamos Drhaff, uma ladina estudiosa e destemida, e Rose, uma guerreira estrangeira e enigmática, enquanto chegam a uma nova cidade e desbravam as profundezas da lendária Tumba Grandiosa. Quando um segredo milenar é perturbado, forças sombrias despertam, ameaçando não apenas as protagonistas, mas todo o destino de Kralhamn – a cidade da torre branca.

Este conto presta homenagem a Fritz Leiber e à icônica dupla Fafhrd e Gray Mouser, célebres por suas aventuras na vibrante Lankhmar. Com um toque de humor, contrastes marcantes entre as protagonistas e um desfecho sombrio, Carlos Rocha cria uma narrativa envolvente que ecoa as glórias e perigos do gênero Espada e Feitiçaria.

Inspirado por uma antiga campanha de RPG, “A Tumba Grandiosa” leva o leitor a um mundo onde guildas competem por prestígio e monstros à espreita desafiam a coragem de aventureiros.

Explore “A Tumba Grandiosa” e aventure-se por um mundo onde imaginação e perigo caminham lado a lado.

“Multiplique a imaginação. Imagine além.”

Disponível na Amazon e também no Kindle Unlimited.

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