Chris Achilleos

Em 6/12/2021 vi uma postagem informando sobre o falecimento do artista Chris Achilleos e senti um peso no estômago. Na mesma hora pensei que eu deveria fazer um artigo, algum tipo de homenagem póstuma… Não consegui fazer isso de imediato, mas a ideia ficou girando na minha mente desde então.

Eu conheci o trabalho do artista em meados da década de 1990 ao comprar alguns pacotes de “figurinhas” (trading cards) que ainda tenho comigo. Ali havia uma boa amostragem de seus trabalhos e anos depois, tive a sorte de conseguir uma cópia de um de seus livros, Medusa, no qual, além de haver belas reproduções de sua arte, havia artigos e textos mostrando o seu processo de trabalho. Além de ilustrar muitos livros e material para filme, uma parte significativa de seu trabalho são as pinups. Entre os muitos artistas e ilustradores que ilustraram obras de fantasia e ficção científica e que admiro, Chris Achilleos sempre foi uma importante referência para mim.

Suas pinturas são ricas em detalhes e feitas à mão, antes da era das ilustrações digitais.

Chris Achilleos nasceu em Famagusta, Chipre e sua família emigrou para o Reino Unido em 1959.

Seu trabalho apareceu nas revistas Heavy Metal e Radio Times, em capas de livros (incluindo séries baseadas no personagem Conan, o Bárbaro, Doctor Who e Star Trek, bem como na série de livros de jogos da Fighting Fantasy), e em coletâneas de sua própria obra, Beauty and the Beast (1978), Sirens (1986), Medusa (1988) e Amazona (2004). Seu livro, Beauty and the Beast, vendeu mais de 100,000 cópias, um número significativo para qualquer livro de arte e foi traduzido para vários idiomas.

Ele também participou de vários projetos de filmes, incluindo Heavy Metal e Willow como artista conceitual. Ele criou a controversa capa do álbum de 1979 do Whitesnake, Lovehunter, que mostrava uma mulher nua montada em uma serpente gigante.

Em uma entrevista com MelodicRock, Gary Hughes afirmou que Achilleos depois disso “tinha uma política de não trabalhar com bandas”.
A obra de arte original, e várias outras peças, foi roubada dele, na década de 1980, e vendida a um colecionador particular.

Depois de 1990, ele trabalhou principalmente na criação de cards de fantasia, bem como na venda de gravuras e obras de arte originais.

Minhas pinturas variam tanto quanto ao assunto, tanto quanto as técnicas e materiais; de trabalhos gráficos chapados a dragões e paisagens figurativas. A técnica e a habilidade de pintura são importantes – com algumas imagens exigindo detalhes muito precisos no suporte liso, algumas mais soltas, outras mais pesadas com um suporte mais texturizado – mas a técnica por si só não é suficiente para criar um bom trabalho. É mais importante que a imagem seja agradável aos olhos, e se fizer pensar, melhor ainda . Para mim, ser pintor é aprender; cada vez que termino uma pintura, gosto de pensar que aprendi um pouco mais. Há tanto para aprender, eu poderia viver dez vidas e ainda não aprender tudo!
Chris Achilleos

Chris Achilleos morreu em 6 de dezembro de 2021, aos 74 anos.

Deixo aqui uma galeria de imagens.