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Categoria: Resenhas Page 30 of 38

Duplo Fantasia Heroica – Christopher Kastensmidt e Roberto de Sousa Causo

Esta série que está saindo pela Editora Devir traz aos leitores a oportunidade de conhecer histórias de Espada e Feitiçaria (ou como o Roberto Causo advoga, Borduna e Feitiçaria) ambientadas no Brasil contendo elementos de nossa cultura, ou folclore, ao invés de buscar inspiração (tipicamente) no folclore europeu.

O livro trás duas noveletas, “O Encontro Fortuito de Gerard van Oost e Oludara”, de Christopher Kastensmidt, e “A Travessia”, de Roberto de Sousa Causo. A primeira é a primeira parte da sequência “A Bandeira do Elefante e da Arara” e a segunda é a continuação da “Saga de Tajarê”, que já vimos aqui quando falamos do livro “A Sombra dos Homens”.

O Encontro Fortuito de Gerard van Oost e Oludara

Somos apresentados à dupla Gerard Van Oost, um holandês que veio se aventurar no Brasil, e Oludara, um escravo recém chegado ao Brasil. O fortuito encontro destes dois personagens se dá na cidade de Salvador na época das bandeiras, no Brasil Colônia.

The First King of Shannara – Terry Brooks

Confesso que estava com altas expectativas em relação a este livro. Estava animado com a possibilidade de encontrar uma série de fantasia longa, na qual eu pudesse mergulhar. Posso ter cometido um erro, pois segui uma lista que mostrava a ordem cronológica de leitura dos livros e The First King of Shannara era o primeiro, na verdade, um prelúdio à primeira trilogia. Enquanto o primeiro livro da trilogia original, The Sword of Shannara, é o indicado pelo 100 must read fantasy novels.

Bom, mas vamos lá. A série Shannara se passa num futuro pós-apocaliptico da terra em que a magia e raças fantásticas como elfos, anões, trolls e gnomos retornam. Em The First King of Shannara, somos introduzidos ao Druida Bremen que foi expulso da ordem dos druidas e viajou pelo mundo pesquisando sobre magia e fazendo investigações. Em suas viagens encontrou evidências que o Warlock Lord, estaria retornando após ter sido derrotado numa guerra que envolveu as raças no passado causando um isolamento entre estas.

A Dança dos Dragões – George R. R. Martin

A Dança dos DragõesO segundo livro mais longo da série e um breve comentário…

Bem, certamente este livro é melhor que seu antecessor, pois alguns dos personagens mais interessantes, como o anão Tyrion, Daenerys, Bran, e o jovem Jon Snow estão de volta! Além disso, perto do final, as tramas do quarto e quinto livro se fundem novamente e voltamos a ver Cersei e Arya (mas não Sansa ou Samwell). No livro temos tramas na Muralha, nas Cidades Livres, na Baia dos Escravos, Norte e Sul de Westeros. Achei um pouco inesperado o retorno de Theon Greyjoy (no Norte). Além destes, retornam sua irmã Asha, o tio Victarion (quer casar com a Dany) e algumas outras subtramas com novos personagens também, como um dos príncipes de Dorne, Quentyn Martell, que busca firmar casamento com Daenerys (todo mundo quer casar com essa moça!). Também temos personagens já apresentados que em algum momento tem capítulos sob seus pontos de vista, como a sacerdotisa vermelha Melisandre e o velho cavaleiro Barristan Selmy (gostei do apelido Sor Vovô!)

O autor mantém bem seu estilo, com inúmeros personagens de suporte tramas pessoais e históricas e descrições minuciosas que vão solidificando cada vez mais esta terra fantástica. Entretanto o desfecho pode ser um pouco decepcionante, algo como um coito interrompido. Acaba sendo complicado falar mais e mais sobre o livro sem o risco de incluir spoilers (se é que já não incluí alguns!)

Agora nos resta aguardar os próximos dois livros (e que sejam mesmo só dois, pois mesmo gostando bastante, a coisa toda começa a ficar um pouco cansativa). E que venha “The Winds of Winter”. Aí sim: “O Inverno está chegando”!

O Festim dos Corvos – George R. R. Martin

O Festim dos CorvosBem, este foi o livro da série que menos gostei até agora. Não que seja ruim, mas a decisão do autor de dividir um livro em dois teve lá seus efeitos colaterais.
Neste livro, acompanhamos os eventos após A Tormenta das Espadas, mas apenas de alguns dos personagens, sendo eles: Jaime e Cersei Lannister, Samwell Tarly, Brienne de Tarth, Aeron, Asha e Vicktarion Greyjoy, Sansa e Arya Stark e alguns personagens de Dorne, Areo Hotah, Arianne Martell e Sor Arys Oakheart. Jon, Tyrion e outros ficaram de fora…

Bem, com algumas de suas estrelas de fora e novatos não tão cativantes a leitura do quarto volume pode se tornar um pouco penosa em alguns pontos. Diria que os pontos altos estão nas histórias de Arya, Sansa (e Mindinho), Jaime e Brienne. Cersei cumpre bem o papel de vilã na medida em que Jaime segue sustentando escolhas e honra que podem torná-lo mais apreciável por alguns leitores.

Samwell fica no meio do caminho e as linhas de história que se passam nas Ilhas de Ferro e em Dorne são a parte pior.

O problema deste livro, no meu ver, está relacionado a livros impressos. Os dois juntos ficariam enormes e não houve planejamento suficiente do autor para um ponto de corte ideal na trama. Num futuro de e-books, este funcionaria muito bem como volume único se juntado à Dança dos Dragões.

Mas o balanço geral é que é um grande livro que mantém o excelente nível de tramas, ambientações e personagens muito bem construídos.

Para meu alívio (e dos amigos leitores da série) o quinto livro tem funcionado muito bem até onde li (uns 70%) e volta ao mesmo patamar de qualidade dos três primeiros.

O Planeta dos Dragões – Jack Vance (The Dragon Masters)

Dragon MastersEste livro não estava na minha lista de leitura, mas me animei para ler por ser bem curtinho e por que o autor, Jack Vance, é citado no “100 Must Read Fantasy Novels”. O livro dele que está na fila é “The Dying Earth”. Mas voltemos ao planeta dos dragões (The Dragon Masters, no original).

A história se passa no planeta Aerlith onde vivem (talvez) os últimos seres humanos do universo. A tecnologia que levou os homens até ali já se perdeu há muito tempo e a sociedade tornou-se feudal. É uma mistura de ficção científica com fantasia. Joaz Bambeck é o senhor do Vale Bambeck, um feudo com histórico de lutas contra o governado por seu vizinho Ervis Carcolo. Joaz acredita que os Básicos, alienígenas escravagistas que fazem incursões periódicas em seu planeta, estão prestes a retornar. Carcolo não acredita em Joaz  e decide que é hora de acertar as contas com os Bambeck. Os senhores de Arlith criam e treinam dragões para guerras. Em meio à guerra indesejada entre os feudos vizinhos Joaz e Ervis terão de lidar com uma nova incursão dos Básicos.

Outra coisa que chama a atenção nele são os sacerdotes ascetas que andam nus em são devotos da verdade e conhecimento. O conceito de tand introduzido pelo autor no contexto destes sacerdotes é muito interessante.

O Planeta dos Dragões recebeu, em 1963, o prêmio Hugo de melhor conto (mas por seu tamanho beira o tamanho de uma noveleta). Enfim, é um livro curtinho e bom de se ler, com poucos, mas bons personagens e uma trama bem enxuta e sem enrolações.

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