Não é o primeiro, nem último livro que leio da excelente escritora britânica Diana Wynne Jones. Autora de mais de 40 livros, em sua maioria, literatura infanto juvenil, Diana é mestre do gênero e suas obras cheias de personagens, mundos e circunstâncias interessantes. Entre seus romances, temos editados no Brasil: O Castelo Animado (Howl’s Moving Castle) que inspirou o filme de Hayao Miyazaki. Também editado pela Galera (Record) sua sequência: O Castelo no Ar. Títulos instigantes como The Dark Lord of Derkholm e a série, Mundos de Crestomanci estão entre meus livros favoritos.
Aliás cabe um parêntese, como é rico o coletivo de escritores de fantasia Britânicos: Tolkien, Michael Moorcock, C.S. Lewis, Neil Gaiman, Brian Talbot, Lewis Carroll, J. K. Rowling, entre outros.
Os livros da série Crestomanci, são mais ou menos independentes entre si. Trazem em comum a figura do Mago Crestomanci, que é o feiticeiro mais poderoso de um conjunto de mundos infinitos e responsável por governar a magia, ao menos, até onde lhe é possível.
A Semana dos Bruxos (original de 1982) conta a história de uma dúzia de crianças, a maioria órfãs, que estudam num colégio interno chamado Larwood. Neste mundo, a magia é proibida e qualquer um que seja identificado como bruxo é condenado à morte e vai para a fogueira. O problema é que os alunos do Internato de Larwood, em sua maioria, são filhos de bruxos, e assim, há grandes chances também de se tornarem bruxos.
O livro começa quando um dos professores da turma recebe um bilhete anônimo com a seguinte acusação: Um dos alunos da turma 2Y é bruxo. Depois disso, evidências de que bruxaria se manifesta no internato começam a aparecer e o clima entre alunos e professores fica tenso. Diversas situações pitorescas e divertidas em que a magia está envolvida se desenrolam com os alunos e professores.
A situação fica cada vez mais complicada, com o envolvimento de policiais a ameaça dos inquisidores e intrigas entre os alunos até que Cretomanci entra em cena. É um livro muito divertido, com confusões típicas de uma escola, mas também com elementos de magia e fantasia. Um dos pontos positivos do livro é justamente o desfecho, muito interessante e criativo.