fbpx

Categoria: Resenhas

The Ogre’s Pact – Troy Denning

Muitos talvez não conheçam o escritor Troy Denning, pois não existem títulos do autor traduzidos para a língua portuguesa. Troy começou sua carreira com designer de games na TSR em 1981, mas logo passou a se dedicar à escrita de romances como membro do departamento de livros da TSR. Escreveu cerca de 20 livros para três diferentes ambientações do RPG Dungeons & Dragons: Forgotten Realms, Planescape e Dark Sun. Um destes romances, Waterdeep, chegou à lista de best sellers do New York Times. Além disso, entre 2001 e 2009 escreveu cerca de 11 romances do universo expandido de Star Wars.

Meu contato com este ótimo escritor veio através da série de cinco livros que tive a sorte de adquirir, The Prism Pentad (1991-1993). Livros do cenário Dark Sun que Denning ajudou a criar juntamente com Tim Brown and Mary Kirchoff e que foi ricamente ilustrado pelo excelente, Gerald Brom. Tornei-me fã instantâneo.

Muitos anos depois, vi numa prateleira (e adquiri) os três livros da série The Twilight of Giants (1994-1995), cujo primeiro volume é justamente The Ogre’s Pact. Levou anos até a fila andar, mas fico feliz de finalmente retornar a ler este autor.

Recheado de ação, The Ogre’s Pact apresenta o reino de Hartsvale cuja dinastia de reis humanos conseguiu conviver em paz com seus vizinhos: diversas raças de gigantes e derivados. A princesa deste reino, Brianna, é raptada por ogros e cabe ao experiente batedor, Tavis, um gigante da raça firbolg, viabilizar o resgate. Porém, há algo a mais que um simples rapto e Tavis e seus companheiros deparam-se com um terrível segredo que pode por fim à dinastia de reis de Hartsvale ameçando a paz de toda a região.

As regiões ermas, com picos gelados, cavernas, cordilheiras hostis, rios e cachoeiras, florestas de clima temperado e vales gélidos próximas a Hartsvale são o cenário de boa parte da trama. Tavis e seus companheiros, Avner, um rapazote humano e Basil, curioso gigante da raça verbeeg, lutam para resgatar a princesa e ao mesmo tempo, limpar seus nomes junto ao guarda costas de Brianna, Morten, um firbolg como Tavis, e dos condes e tropas de Hartsvale, que os implicam como possíveis cúmplices do rapto da princesa.

Conforme o avanço de Tavis e seus companheiros, as dificuldades se acirram e um resgate e sua própria sobrevivência ficam cada vez mais difíceis. O autor provê boa ação, temperada com sacadas inteligentes do protagonista que através de suas habilidades como guia e escolta, consegue entender as intenções e movimentos de seus inimigos, ler sinais do clima e do terreno, usando-os a seu favor para garantir uma chance de sucesso em sua empreitada praticamente impossível.

Outro aspecto bem trabalhado na história é a presença de magia, que ora do lado de seu aliado, Basil e ora sob o comando do principal oponente, o xamã e ogro Goboka, produzem diversas reviravoltas que mantém um clima de ação e suspense. Além de confrontar os inúmeros ogros comandados por Goboka, Tavis e seus companheiros encontram aliados e oponentes entre os poderosos, mas estúpidos gigantes das montanhas.

O desfecho é tenso e abre espaço para os romances seguintes da série, The Giant Among Us e The Titan of Twilight, que espero comentar aqui em breve.

Para quem lê em inglês e curte romances recheados de ação e fantasia, The Ogre’s Pact certamente não irá decepcionar, mesmo para aqueles (como eu) que saibam pouco, ou quase nada, sobre o cenário de RPG, Forgotten Realms. Algo que aprendi com os romances de Troy Denning é que eles transcendem o contexto dos cenários de RPG dos quais surgiram, constituindo boas histórias em si, com personagens bem elaborados, cenas de descrição muito vívida e tramas que capturam a atenção do leitor.

A Corrida do Rinoceronte – Roberto de Sousa Causo

A Corrida do Rinoceronte é apresentado como fantasia contemporânea, mas se aproxima mais de um thriller policial com um toque de fantástico.

O livro narra a jornada de Eduardo Câmara, um brasileiro recém chegado a uma cidade do interior da Califórnia chamada South River. Eduardo é programador de computadores e vai aos Estados Unidos por meio de um contrato temporário de trabalho numa firma de software, mas logo se envolve numa trama envolvendo corridas de carro, crime digital e até mesmo questões ambientais.

Como um estranho numa terra estranha e nada bem quisto em sua nova vizinhança, longe da família e de sua cultura, Eduardo percebe uma dimensão de si mesmo anteriormente ignorada: a questão racial. Um mestiço, como grande parte da população brasileira, o jovem nunca chegou a pensar em si mesmo como um negro, mas na sociedade americana, que dicotomiza ou rotula tudo, vencedor/perdedor, comunista/democrata, branco/negro/asiático/latino, Eduardo viu-se classificado como negro, e começa sentir um preconceito explícito anteriormente não experimentado.

Uma das temáticas abordadas no livro é da cultura americana que aprecia e cultua os carros possantes, ou street machines. Em South River é um ponto de encontro para corridas ilegais utilizando esses carrões envenenados. Eduardo, não pretende burlar a lei e participar destas competições, mas por oportunidade, acaba adquirindo uma máquina, um Chevrolet Camaro z/28. A aquisição deste carro é na realidade o ponto de partida da jornada de Eduardo, que precisa acertar a documentação de seu novo veículo e conhece a policial Jennifer Adams, responsável pela investigação das corridas ilegais.

Neste contexto, talvez por stress, ou por algum outro motivo desconhecido, ou sobrenatural, surge o Rinoceronte. Eduardo passa a ter visões de um rinoceronte negro que passa a ser um elemento condutor para dentro da trama. É uma alavanca que surge na história para despertar a curiosidade do leitor. Talvez, visto como um fantasma de uma espécie em extinção, significasse um grito da natureza pedindo ajuda. Eduardo passa a conhecer mais da história local de South River, suas famílias, estruturas de poder e antigas richas. E talvez o rinoceronte representasse o espírito de alguém envolvido nestas richas, ou ainda, algo de sua própria ancestralidade africana.

O mais importante de tudo é que no livro somos apresentados a cada um destes elementos de uma forma envolvente. Assim, passamos a conhecer um pouco mais sobre street machines, sobre a cultura e história de uma cidade do interior norte americana, sobre a geografia e também questões ambientais e raciais. Outro ponto forte do livro é a sólida construção de personagens. Estes se tornam vívidos na mente do leitor e passam a constituir a trama como elementos significativos, não meros figurantes, na medida em que são importantes peças da constituição do enredo. O autor constrói uma ambientação rica e elaborada que demonstra um cuidado com pesquisa e detalhes que conferem, apesar de se tratar de uma história fantástica, um bom senso de realidade. O autor utiliza a própria linguagem como elemento constituinte da história.

O uso de algumas expressões em inglês e também a consciência de Eduardo em relação ao seu domínio incompleto do idioma ajudam a conferir um grau maior de realidade de sua situação como estrangeiro.

Encontramos neste curto romance de imagens vívidas (que daria uma boa transposição para um filme) trama e personagens envolventes. Uma ambientação rica e um clima o misterioso de numa história que começa sem indicar para onde vai, cresce em riqueza de detalhes até formar uma trama cujo desfecho dá boa resposta às questões levantadas, mas ainda deixa no ar algo quanto às motivações pessoais do personagem e sua misteriosa relação com o rinoceronte de suas visões. Enfim, deixa a sensação de que esta dimensão da história poderia ter sido mais bem explorada, mas definitivamente constitui uma boa leitura.

A Garota da Terra do Vento – Crônicas do Mundo Emerso

Não se julga um livro pela capa, já diziam… Bem, o que me colocou em contato com este romance foi justamente a capa. Gosto muito de ilustrações de capa de livros de fantasia de boa qualidade. Comecei isso com a série Dark Sun/Prism Pentad que tem ótimas ilustrações do artista Gerald Brom. Anos atrás, vi “A Garota da Terra do Vento” e pensei: um dia eu compro.

A Garota da Terra do Vento é o primeiro livro da trilogia Crônicas do Mundo Emerso escrita pela autora italiana Licia Troisi.

A ilustração da capa, mostra a protagonista, Nihal a garota que sonha ser um guerreiro em uma terra machista, que não admite tal idéia. Nihal habita a cidade em forma de torre, Salazar, uma das muitas que compõe a Terra do Vento. Mora com seu pai Livon, um experiente armeiro e vive uma vida tranqüila, apesar da proximidade do Tirano, que ameaça a liberdade de todas as terras do Mundo Emerso.

O Mundo Emerso é uma terra fantástica habitada por homens, dragões, gnomos, ninfas, duendes e os terríveis fâmins. Das oito terras que circundam a torre do Tirano, Terra do Vento, Água, Mar, Sol, Dias, Noite, Fogo e Rochedos, apenas quatro ainda são terras livres da invasão e dominação dos exércitos do Tirano. O lar de Nihal é uma destas terras livres defendidas por magos, reis, exércitos e pela ordem do Cavaleiros de Dragão.

O livro tem um início bastante lento e se não fosse o fato de já ter adquirido toda a série, talvez tivesse desistido da leitura. Pode até fazer o leitor pensar que a história é inocente e idealizada, ou mesmo rasa. No entanto, conforme a história se desenvolve, torna-se cada vez mais sombria e violenta evidenciando o tema principal tratado pela autora: a transformação interior da protagonista, de uma menina inocente, romântica e que tem o sonho de tornar-se um guerreiro em uma mulher que aprende aos poucos sobre perdas, guerras, persistência, a conhecer seu íntimo e finalmente encontrar o sentido de sua existência.

Apesar de fortemente baseado em elementos comuns em tantos mundos de fantasia e transparecer um pouco de inspiração em características presentes em ambientações de RPG, a autora, aos poucos descreve e desenvolve sua ambientação distinguindo de outras com suas características únicas. A jornada de transformação de Nihal, pode aborrecer alguns leitores, uma vez que repete-se um pouco, oscilando entre ser privilegiada por coincidências que a favorecem no enredo e desastres que a desfavorecem devido à sua própria imaturidade.

É um pouco do que dá para contar sem entrar em detalhes da história. Vale destacar, além da protagonista, alguns personagens que acompanham a garota em sua jornada, tais como o mago Senar, o duende Phos e o Cavaleiro de Dragão, Ido.

O ponto forte do romance é justamente o segundo ato, sendo que o primeiro, como comentamos é um pouco lento e o terceiro deixa um pouco a desejar  pela ausência de um clímax. Mas devido ao segundo ato, ambientação interessante, alguns bons diálogos, desenvolvimento psicológico da personagem, bons personagens de suporte e a promessa dos livros seguintes, A Garota da Terra do Vento é um título que vale a pena conferir.

Um fato curioso sobre o romance, não sei se devido à uma escolha do tradutor, é que é todos os diálogos são em segunda pessoa. Algo incomum nas obras escritas em “português brasileiro”. Vejamos como segue a série. Logo mais conto por aqui.

Ilustrações

Veja também, as ilustrações de capa de todos os romances da escritora ilustradas pelo artista Paolo Barbieri.

Mais adiante

Já está disponível em português a segunda trilogia, Guerras do Mundo Emerso, que se passa 40 anos depois da primeira. E ainda apenas em italiano, Le leggende del Mondo Emerso (Lendas do Mundo Emerso) que se passa 50 anos depois da segunda. A mais nova saga da autora, La ragazza drago (A Garota Dragão) não é ambientada no Mundo Emerso, mas sim na cidade de Roma, num mundo inspirado na mitologia nórdica num mundo onde existem dragões.

Ofinicina de Escritores – Stephen Koch

O professor que nunca tive! 

Quem me dera ter tido acesso a este livro antes!

Para mim, aspirante a escritor, um livro de ouro.

Oficina de Escritores, do Stephen Kock, começa com uma boa dica sobre o começo: “Só há um jeito de começar: é começar agora. Comece, se preferir, assim que terminar de ler este parágrafo, ou, em todo caso, antes de concluir a leitura deste livro.”

Para mim, já o primeiro capítulo foi um grande estímulo. Comecei um livro novo e ele está avançando a passos largos.

O autor usa, como um dos recursos para estruturar seu ensino sobre a escrita, as citações de escritores sobre o ato de escrever. Através destas citações me senti mais próximo de outros escritores e vi que muito dos meus próprios desafios como escritor são partilhados por autores consagrados.

Alguns pontos que gostei:

– Diferenciação de história e enredo;

– Enfase no conflito. Como pensar no conflito;

– Concentrar-se no protagonista;

– Entregar-se ao drama e ao implausível;

– Disciplinas do escritor: Imaginação, lembrança, observação, leitura, escrita;

– Produzir versões de um livro (e revisões) é essencial!

Bem, não pretendo aqui reproduzir mais que isto. Recomendo a leitura a todos escritores e aspirantes. É um excelente livro. Para uma resenha mais elaborada, viste o blog: LIBRO LUMEN.

Compre o livro na Amazon:

Dragões de Éter – Caçadores de Bruxas.

Publicado em 2007 pela editora Planeta, pelo jovem autor estreante e roteirista Raphael Draccon, um livro que prometeu criar um universo que resgatasse o espírito juvenil da série animada cultuada nos anos 80, Caverna do Dragão. Cabe aos leitores conferirem, mas em minha opinião, o livro oferece um outro tipo de estória, divertida, sombria e instigante e que destrói e reconstrói personagens familiares ao nosso imaginário coletivo.

Como Raphael Draccon furou a fila.

Soube deste livro através de uma divulgação na Internet, há alguns meses. Chegando ao site oficial de divulgação da obra, pensei: “mais um autor de Fantasia Nacional conseguindo publicar… Que bom! E, é claro, mais um livro para minha concorrida fila de leitura”. Como de costume, fiz minhas malas para participar do EIRPG e especialmente do Fantasticon. Minha primeira atividade no evento foi participar de encontro do GELF, Grupo de Estudos de Literatura Fantástica, presidido pela criadora do GELF, a carismática escritora Rosa Rios. O tema foi “Contos de Fadas: Arquétipos e Fantasia através dos séculos” e fizemos leitura e discussão de textos relacionados a contos de fadas. (para detalhes, nada melhor que ler o relatório no Blog da Rosana). Acontece que o quinto texto, era justamente extraído o livro Dragões de Éter e os comentários da Rosana foram responsáveis pela “furada de fila” da obra do Raphael. Assim, saí do evento com uma cópia adquirida que já comecei a ler durante minhas férias, tendo passado por São Paulo, Ubatuba e Paraty.

O Livro

Dragões de Éter – Caçadores de Bruxas – se passa em uma terra fantástica chamada Nova Ether, um mundo sem deuses, mas repleto de Semideuses e suas criações: Homens, trolls, anões, fadas boas e fadas corrompidas. Estas últimas ao ensinaram os segredos de magia negra às mulheres, deram origem às temíveis bruxas. Não há um protagonista na narrativa de Draccon, exceto talvez o próprio narrador, que participa ativamente da estória, abusando de seus “super-poderes” de contador de estórias, procurando sempre deixar narrativa mais instigante.

O livro é dividido em três atos e é composto por uma seqüência de capítulos curtos, o que facilita a leitura, mesmo quando se está com pouco tempo. De forma sempre alternada, somos introduzidos aos principais personagens da trama: Ariane Narin, os irmãos João e Maria Hanson, os também irmãos, príncipe Axel Branford e Anísio Branford, o pai destes, o Rei Primo Branford e mais uma dúzia de figuras importantes da cidade de Andreanne, capital do reino de Azarllum. Bom, você poderia dizer, e daí? O que este livro tem de ruim, ou de bom? Bem, eu diria, vamos por etapas.

Novos contos de Fada que ora surpreendem e ora dão arrepios

Com poucos minutos de leitura, começamos a perceber, além da personalidade forte do narrador, a grande sacada desta estória. A reutilização e reformulação de personagens dos contos de fada, tais como Chapeuzinho Vermelho e o infame pirata Capitão Gancho. Além disso, há criação de novos personagens baseados no contexto de histórias de fada e outras referências da cultura pop, como jogos da série japonesa Final Fantasy. Raphael constrói com habilidade uma trama de relações entre tais personagens dando uma perspectiva menos idealizada, algumas vezes explicitando a maldade, crueldade e repugnância de seus vilões, que é usualmente mascarada e atenuada nas versões politicamente corretas de contos de fadas aos quais nos acostumamos a ver, talvez uma conseqüência da divulgação de muitos destes contos pelas animações da Disney. Em contraposição aos contos em que a morte da mãe do Bambi constituiu elemento polêmico, bruxas cruéis e piratas sanguinolentos são vilões que habitam e ameaçam a paz do reino de Arzallum e suas personagens.

Pela estrada afora, eu vou bem sozinha! Levar estes doces para a vovozinha.

Outro aspecto divertido da narrativa de Draccon, é um realinhamento lógico de acontecimentos dos contos de fada. Por exemplo, tomemos a história de Chapeuzinho Vermelho. Que mãe mandaria sua filha de nove-dez anos, atravessar uma floresta potencialmente perigosa, habitada por lobos famintos? O que uma velha senhora de idade faria morando numa casa no meio de tal floresta? Por que o lobo, tendo a oportunidade de encontrar-se com a menina, desprotegida nesta trilha, não a devoraria? Por que e iria esperá-la na casa da vovó? E quem ficaria dando explicações para tais fatos? Afinal, é apenas um conto de fadas, ora bolas! A resposta: Raphael Draccon, que se propõe a responder tais questões, sendo este um dos fatores de boa diversão contida no livro.

Adiante, o que vem?

Sinceramente não sei como está sendo a receptividade da obra de Draccon pelo público. E devo dizer, por tratar-se de uma mistura de elementos e estilos, alguns leitores poderiam não se identificar com a obra. Afinal, há momentos em que o livro parece voltado para um público adolescente, em contrapartida, há momentos em que o autor não demonstra misericórdia. Como quando os vilões aparecem para fazer seu papel, e como mencionei, a crueldade e maldade de seus atos não é mascarada. Assim, temos a contraposição de capítulos leves com romance, bom humor e ação de violência moderada, com alguns momentos na trama que classificaria como no mínimo: sombrios.

Para terminar, gostaria de ressaltar o fato de que a publicação um livro de Fantasia, da envergadura de Dragões de Éter e suas 420 páginas, por um autor estreante, em nosso país, já é por sim um grande feito.

Em segundo lugar, se forem apontados problemas ou críticas ao autor, não deixaria que isso fosse impedimento para seguir em frente. Aprendi isso quando tive uma oportunidade de contato com o incrível autor inglês, Brian Talbot, numa oficina sobre a criação de roteiros visuais para histórias em quadrinhos. O que me marcou, foi uma amostra que autor trouxe de sua primeira obra publicada. Era de fato, um trabalho bem simples se comparado com as obras maravilhosas que o Sr. Talbot vem publicando nas últimas décadas. Quando começou, não dominava todas a as técnicas, mas nunca desanimou e seguiu em frente, para tornar-se um grande autor.

Vejo em Dragões de Éter essa mesma semente. Raphael se apresenta como autor, narrando uma trama complexa, com personagens interessantes e um mundo de fantasia inspirado em contos de fada, vídeo games e cultura pop. Uma boa diversão para aqueles que se identificam com releituras de personagens e estórias de fantasia. E como história bem construída, tem seu clímax no terceiro ato, o ponto em que passei a gostar do livro e relevar meu desejo secreto para que um dos personagens da trama fosse morto: o narrador. Quem sabe no próximo livro?

Page 36 of 36

Desenvolvido em WordPress & Tema por Anders Norén