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Categoria: Resenhas Page 8 of 38

Alice através do muro – Eric Peleias, Luke Ross e Marco Lesko

É uma HQ produzida de forma independente com roteiro de Eric Peleias, e arte magnífica de Luke Ross e Marco Lesko.
Alice é uma adolescente que vive numa cidade dividida por um muro, tal qual o Muro de Berlim.

Quando ela precisa ir para Rosetta do Norte, para ajudar sua família, entra numa cidade que parou na década de 1980. Não apenas isso, é um lugar perigoso, cheio de restrições e regras, habitado por humanos e seres antropomórficos, tais como, mulheres-bovinas e homens-lesmas.

Esse primeiro volume introduz o leitor a um universo estranho e ao mesmo tempo visualmente incrível. A combinação de arte e cores faz o leitor querer ficar foleando e observando os quadros novamente, mesmo depois de ter concluído a leitura.

Uma bela HQ que deixa o leitor querendo mais.

Sinopse da loja:

O nome dela é Alice e sua vida não é um conto de fadas.
 
Ela e sua família precisarão enfrentar perigos e inimigos para tentar se reunirem depois de atravessarem o muro que separa a cidade deles de uma distopia fantástica, uma cidade toda que ainda vive na cultura da década de 1980.
 
Alice Através do Muro é uma história que vai te empolgar do começo ao fim e te deixar querendo mais e se tudo der certo, teremos continuações no futuro próximo.
 
FICHA TÉCNICA
Alice Através do Muro tem o formato 17 x 26 cm, capa cartonada e 48 páginas coloridas.

Compre na loja do autor.

Guirlanda Rubra – Erick Santos Cardoso

É uma história de fantasia com aspectos épicos ambientada num mundo inspirado na Europa, na era moderna, com presença de armas de fogo, instituições financeiras e religiosas, mas também, magia, tudo isso operando em regimes monárquicos decadentes.
No passado, o mundo foi atingido por um imenso desastre que o fez perder algo de sua magia e tecnologia, ainda assim, a continuidade do uso da magia é um dos temas centrais da trama.

Conta a história de Garlando Espendi, um jovem de família abastada que passou por perdas em tragédias na juventude, mas que foi acolhido por um velho sábio que lhe ensinou a usar magia. No reino em que vive, a magia é pouco tolerada e há perseguição de usuários de magia por parte da inquisição do Templo. E há um bom motivo para isso: coisas ruins acontecem quando a magia foge ao controle.

Ilustrações de Abel

Garlando é um bon-vivant, mas uma série de circunstâncias vão o retirando de sua zona de conforto e o levando a se envolver com as tensões que há entre os reinos. Os vizinhos têm maior aceitação quanto ao uso da magia e até defendem que seu uso seja ampliado de modo a favorecer toda a população. Essas tensões vão gerando as condições para a eclosão de uma guerra, mas o conflito vai além de uma divergência filosófica ou disputa por recursos, há outras forças antigas e poderosas envolvidas. Por trás das questões humanas, persiste o conflito entre duas linhagens de seres antigos e imortais, os Alvos e os (amaldiçoados) Albinos.
Ambos estão buscando as pedras mágicas dos elementos para usar sua poderosa magia.

O mundo criado pelo autor possui alguns elementos interessantes como ser governado por duas deusas, a quantidade de sóis que influenciam o calendário, as pitorescas noites banhadas pela luz rubra do sol mais fraco e os efeitos indesejados da magia quando esta foge ao controle.

A jornada de Garlando é melancólica e tortuosa. Ele é um personagem um pouco sem rumo, rebelde e que resiste a se envolver em conflitos ou mesmo a se enquadrar na posição social que sua família oferece. O que guia suas ações pela história é o desejo de reencontrar Celes, sua paixão da juventude.

Algo que é bem interessante na obra é o fato de não se prender a algumas fórmulas de enredo. Isso tem um lado negativo, pois em alguns momentos o leitor pode sentir que a trama não está indo para uma direção clara, por outro lado, permite a descoberta de um caminho pouco usual. A trama solta acaba se convertendo em ponto positivo na perspectiva dessa dimensão de eventos e evoluções inesperadas.

O livro é relativamente curto, o que tem um lado bom, pois torna a leitura ágil, porém, pela quantidade de personagens, locações e elementos de trama introduzidos, talvez os leitores pudessem ir mais fundo na trama, se fosse mais longo. Isso daria mais tempo para o leitor conhecer melhor o mundo e seus personagens.

Cabe comentar que o livro tem alguma dose de erotismo, assim, recomendamos a leitura para leitores maduros. Outra coisa que se nota é a inspiração, ou mesmo, referências a alguns jogos da série Final Fantasy, principalmente o VI.

O livro tem uma diagramação diferenciada, conta com belas ilustrações de Abel e arte gráfica e material promocional que lembram o trabalho do mestre Yoshitaka Amano.

Arte do próprio autor do livro

Vencedor do Prêmio Odisseia Fantástica de Narrativa Longa e o terceiro lugar do Prêmio Argos é uma obra que certamente se destaca pelo projeto gráfico, construção do mundo e trama solta, com surpresas, mas que gravita em torno dos passos dados pelo protagonista enquanto procura sobreviver, entender seu lugar no mundo e seu legado, enquanto se mantém firme na busca de sua paixão perdida.

A história de Guirlanda Rubra não se fecha totalmente no primeiro livro. Está em curso o financiamento coletivo para o segundo livro da série, Lâmina Celeste, que promete apresentar uma nova protagonista e fechar a trama iniciada no primeiro livro. Vale a pena apoiar e conhecer!

Conheça a campanha, nela você tem opção de adquirir num pacote ambos os livros.

Dragonero #8 – O Fascínio do Mal

A edição número 8 de Dragonero conta com os desenhos de Antonella Platano, uma artista incrível e que domina completamente a arte sequencial em branco e preto.

Ian e Gmor estão no extremo oeste do império, no vilarejo de Meróvia. Ali recebem uma missão para investigar problemas ocorridos nos ermos, aparentemente causado por um bando de Ghouls. Acompanham uma comitiva comandada por Kolmich, filho do governador de Meróvia.

No interior, encontram uma aldeia e dali, seguem sua investigação. A frente, encontram problemas e precisarão contar com a ajuda de uma velha monja para uma ameaça ainda mais terrível do que supunham.

Nesse contexto, Ian terá a oportunidade de mostrar, mais uma vez, seu bom caráter e também as capacidades especiais do sangue de dragão que carrega nas veias.

Dragonero vai se consolidando como uma das melhores HQs de alta fantasia já publicadas em língua portuguesa. Tem boas histórias, bons diáogos, personagens interessantes e muita ação.

A coleção está com ótimos descontos pelo site da própria editora: https://www.lojamythos.com.br/produto/122346/dragonero-vol-8

Veja também pela Amazon: https://amzn.to/3dS72mQ

Dragonero #6 e #7

Vamos comentar as edições 6 e 7 da excelente HQ italiana de fantasia Dragonero. É uma história em duas partes, desenhadas por um “novo” e excelente arista: Francesco Rizzato. O roteiro é de Stefano Vietti. Então vamos lá…

Ian e Gmor saem numa missão, mas no caminho se deparam com uma caravana de Zágharos, nomades que trabalham capturando feras e lutadores para se ennfrentar em arenas itinerantes. Mas essa não é uma caravana qualquer, pois é liderada por um maléfico elfo sombrio de nome Zehfir.

Para ajudá-los nessa missão, surge a misteriosa curandeira Eryana, que também tem seus segregos a revelar.

Nessa aventura, vemos Gmor e Ian separados, cada qual tendo que lidar com seus problemas. Devo dizer que Gmor é um personagem incrível que vai cativando o leitor a cada nova aventura. Sua aparência externa de monstro esconde alguém que possui mais humanidade que a maioria dos humanos que cruzam o caminho dos aventureiros. Todavia, Gmor conserva a essência de um honrado guerreiro Orc.

O mundo de Dragonero, também, não para de surpreender. Sempre há mais regiões, facções e conceitos que vão sendo introduzidos, dando uma sensação de que a ambientação foi muito bem trabalhada e que os autores tiveram o cuidado de não expor tudo de uma só vez.

Um prato cheio para os amantes de uma boa fantasia!

Dragonero #5 – A Reunião dos Batedores

Mais um episódio da história do varliedarto Ian, do orc Gmor e da elfa Sera.

Certamente uma HQ que vai agradar os fãs de fantasia, ou mesmo jogadores de RPG. 

Nesta edição (publicação original na itália em de 2013), temos os desenhos de Gianluca Pagliarini que não deixa muito a dever ao artista de edições anteriores e do início da saga Giuseppe Matteoni.

Diferente de outras edições, nessa temos um pouco menos de ação e problemas acontecendo. Logo depois de Gmor fazer uma surpresa (bem engraçada) para Sera, Ian se lembra que é a época da reunião anual dos batedores. Então conhecemos mais um aspecto interessante da ambientação. A sociedade que cuida de compartilhar e espalhar informações sobre estradas, condição nos territórios, etc. Uma estrutura auxiliar ao império. É interessante ver batedores vindos de várias regiões do mundo, suas preocupações e costumes.

Outro ponto interessante é que surge durante a viagem um carroção dos retornados, no qual mortos vivos são transportados para serem colocados na cidade dos mortos, um conceito bem bizarro e que não tinha aparecido até então.

Ian está preocupado com as transformações que vem sentindo desde que enfrentou e matou um dragão na edição #1 – Sangue de Dragão. Na ocasião tanto Ian como sua espada foram banhadas pelo sangue do animal e como resultado a espada o absorveu ficando preta. Ele vai buscar conselho com o Mago Alben, mas o tipo de conselho que o mago dá não é bem o que Ian gostaria de ouvir.

É muito legal também o fato de Ian e Gmor terem uma casa “bucólica”, um refúgio, e que as histórias tenham esse tempo de respiro/descanso, não ficando apenas restritas a aventuras e desafios, um depois do outro.

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