
John Scalzi é um autor competente. O melhor livro que já li dele é Guerra do Velho. Mesmo não sendo um livro tão bom quanto, A Sociedade de Preservação dos Kaiju entrega uma história inusitada e divertida.
Jamie é um profissional de marketing que está prestes a passar por uma turbulência profissional. Tudo começa quando ele perde seu emprego numa empresa de tecnologia no início da pandemia do COVID-19. É claro que essa turbulência tem proporções literalmente imensas, considerando o contexto do livro.
Seu novo emprego é na misteriosa companhia SPK. Uma organização secreta dedicada a preservação de Kaijus, monstros gigantes como Godzilla. Boa parte da graça do livro está em descobrir o que é a SPK, como ela funciona, onde estão os Kaijus e como é possível que eles existam… Mas não vou falar sobre isto. Outra parte da graça está nas piadas / referências a outros livros, cultura pop, pandemia e política.
Uma dessas referências me atingiu em cheio, pois logo no início do livro, há uma referência a Snow Crash, de Neal Stephenson, livro que estava lendo imediatamente antes de ler este. Fiquei pensando: quais são as chances? E até que são razoáveis, já que ambos livros estavam disponíveis na plataforma Kindle Unlimited.
Uma curiosidade sobre o livro é que o autor o escreveu em dois meses, no final da pandemia, após cancelar a escrita e lançamento de outro título já previsto em contrato. Era um livro mais pesado, e Scalzi estava com dificuldades de concluí-lo. No lugar dele, estregou este, mais leve e bem-humorado e devidamente contextualizado.
Sem querer dar spoilers, termino dizendo que é um livro bem-humorado, bem escrito e que conta uma história envolvendo Kaijus numa perspectiva inusitada. Vale ler imaginar este universo ficcional.
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