Essa história de ficção científica hard faz parte do universo ficcional Imortais Efêmeros, que explora um futuro distante em que a humanidade se tornou imortal e se desloca pela Via Láctea usando portais de teletransporte. Penso ser um pouco difícil falar em detalhes sobre a história e ao mesmo tempo, evitar spoilers. Então optei por fazer alguns comentários de natureza geral.
A imortalidade dos humanos deriva da tecnologia de teletransporte e essa ocupa uma condição mais evoluída também no campo moral, já tendo superado há tempos disputas mesquinhas e guerras.
A história narra o primeiro contato dos humanos como os Ilianos, uma espécie alienígena bastante peculiar que se desenvolveu numa lua, em ambiente aquático sob uma imensa crosta de gelo global. A primeira boa surpresa vem no primeiro capítulo, no qual o ponto de vista selecionado pelo autor é bem interessante, trazendo uma perspectiva única ao primeiro contato entre as espécies. Deste primeiro contato, nasce uma interessante relação entre humanos e Ilianos.
São exploradas questões de natureza individual e civilizatórias. É um pequeno épico que narra uma relação que se desenvolve ao longo de vários séculos.
A obra faz o leitor imaginar, em detalhes, um pouco dessa civilização humana do futuro, mas o mais notável é a rica concepção da espécie alienígena que escapa de muitos clichês que vemos em obras de ficção científica.
Você consegue imaginar uma espécie sem sentido de visão, tendo se devolvido sob a escuridão e em meio líquido, mas que conseguiu evoluir para se tornar uma civilização tecnologicamente avançada?
Essa é uma das questões intrigantes que a leitura pode trazer ao leitor.
Outra é: como salvar mundos inteiros da destruição a ser causada por uma anomalia solar?
Além dos temas e situações interessantes, contamos com a habilidade do autor para nos fazer imergir numa narrativa que imagina questões complexas e tão distantes da nossa realidade. Certamente uma das melhores obras já escritas da ficção científica brasileira.
Leia seguindo o link.
Gerson Lodi Ribeiro
Obrigado pela leitura atenta, Carlos.
Fico feliz em que tenha gostado.