Sempre que eu passava na livraria, dava uma olhada naquela capa eu pensava: “Parece bom, uma hora eu compro para ler”. Então, consegui uma cópia do livro e… Primeiro, o livro tem uma premissa legal: “A maior assassina do reino, presa nas minas de sal tendo uma chance de ganhar sua liberdade de volta num tipo de torneio até a morte…” Dá para animar, né?
Então Calaena Sardothien é retirada das minas de sal e levada para a capital para se instalar num castelo que sofreu uma reforma para se tornar um castelo de vidro. É cercada por dois charmosos pretendentes, o príncipe e o capitão da guarda. Bem, o romance e diálogos divertidos e uma pitada de mistério são os pontos fortes do livro. E boa parte da trama fica em torno disto. Mas a construção do mundo e sensação de verosimilhança que a autora dá à ambientação e a trama em si é fraca.
A narrativa não é de todo ruim, dá até para gostar mais ou menos dos personagens e até mesmo a parte do romance, mas a execução do livro fere demais algumas ideias básicas de sua premissa. No final das contas, Calaena Sardothien não convence como a mais notória assassina de Adarlan. Afinal, o que ela fez para merecer esse título? A ação no livro é boa, mas tardia. Só aparece próximo ao final. Para aqueles que buscam mundos de fantasia coerentes, talvez não fiquem muito felizes com este livro.
É um típico livro do tipo ame ou odeie. A despeito do que disse, nem amei, nem odiei. Mas não é nada memorável e não me deu vontade de continuar lendo a série. E vou ficar por aqui, sem muita animação para elogiar ou “descer a ripa”.
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