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Entrevista com Davi Calil – autor de Kung Fu Ganja.

Davi Calil

Primeiro, muito obrigado por aceitar participar dessa entrevista. Eu gostei muito de Kung Fu Ganja e quero fazer minha parte ajudando a divulgar seu trabalho para que mais pessoas tenham a chance de conhecê-lo.

Joe Abercrombie – Mini Biografia, Obras e Entrevistas

Esse é um dos autores de fantasia mais excepcionais que conheci ultimamente. Eu já resenhei aqui, alguns de seus livros. Quando encontro alguém bom assim, fico com muita vontade de compartilhar e divulgar, então resolvi fazer uma pesquisa baseada em várias fontes e entrevistas para falar um pouco mais sobre ele. Então, vamos lá!

Um pouco de sua biografia

Abercrombie nasceu em Lancaster, no condado de Lancashire, noroeste da Inglaterra, mesma região natal de Joseph Delaney (postagem anterior). Nos seus anos de estudante, jogava muito videogame e RPGs de mesa, rolando dados e desenhando mapas de lugares que não existem. Sempre sonhou em conseguir redefinir o gênero de fantasia e assim, começou a escrever uma trilogia épica contando as desventuras do bárbaro Logen Nove Dedos. Mas sua primeira tentativa foi mal sucedida.

Ele mudou-se para Londres para tentar ganhar a vida. Anos depois, em 2002, sentou-se novamente para reescrever as desventuras de Nove Dedos. Desta vez, o resultado foi muito mais interessante.

Completou o primeiro volume O Poder da Espada (The Blade Itself) em 2004. Livro que foi rejeitado por muitas agências literárias da Inglaterra, até que em 2005, foi aceito pela Gillian Redfearn of Gollancz. Um ano depois, foi publicado como primeiro volume da Trilogia da Primeira Lei. Agora, já publicada em mais de treze países.

Em 2008, Joe foi finalista do prêmio John W. Campbell como melhor escritor estreante. No mesmo ano, contribuiu para a série da BBC Worlds of Fantasy ao lado de autores como  Michael Moorcock, Terry Pratchett and China Miéville.

De 2009 a 2011 publicou mais três livros do mundo da Primeira Lei, Best Served Cold, The Heroes e Red Country, todos ainda inéditos no Brasil.

Foi em 2014 que começou a publicar sua nova série, a Trilogia do Mar Despedaçado. Os primeiros dois livros, Meio Rei e Meio Mundo, já foram publicados no Brasil e Meia Guerra, ainda é um lançamento muito aguardado…

Em 2015, venceu o Prêmio Locus na categoria melhor romance Young Adult com Meio Rei.

No Brasil, seis de seus livros foram publicados pela editora Arqueiro.

Obras

Algumas capas nacionais e internacionais da maior parte das obras do autor.

Joe por Joe

Para essa seção, selecionei trechos de diversas entrevistas e bate-papos dos quais o autor participou ao longo dos anos.

Escrita

Você sente que se desenvolveu como autor durante a escrita de seus 5 primeiros livros? Em que mudou/se desenvolveu? Acha que ainda tem o que aprender?

Entrevista do autor Carlos Rocha, no Wattpad.

Saiu uma entrevista minha no Wattpad feita pela @A-leeh, para o projeto Entrevistados. Eu falo um pouco de mim, de meus projetos, literatura e sobre escrita. Se você já é usuário da plataforma ou tem interesse em se inscrever, siga esse link para ler e comentar.

Caso queira apenas ler a entrevista, sem se cadastrar, siga esse outro.

 

Entrevista(s) com Alan Dean Foster

Alan Dean Foster

Outro dia peguei uma adaptação de Alien o Oitavo Passageiro de Alan Dean Foster para dar uma olhada. Pesquisando mais sobre o autor descobri um fato curioso, que ele foi chamado por George Lucas para escrever, antes do filme sair, o livro Guerra nas Estrelas. E que também escreveu uma “continuação” chamada Splinter of the Mind’s Eye. Quando perguntaram a ele se foi difícil ver Lucas ganhando todo o crédito por Star Wars ele disse: “De modo algum. A ideia da estória era de George. Eu meramente a expandi. Não ter meu nome na capa do livro não me incomodou. (…)”

Foster já escreveu mais de 100 livros entre estes, muitas adaptações de filmes para livros como Alien e as continuações, Tranformers, Krull, Outland, Clash of Titans, etc. Além muitos livros de FC o autor também escreveu a série de fantasia, Spellsinger.

A seguir, trechos que gostei destas duas entrevistas com o autor que saíram na SFFworld.

Como você se interessou por ficção científica?

A: Meu pai lia um pouco de FC e sempre tinha algum livro pela casa. Meu tio era um grande fã de FC. Ele se tornou um produtor de TV (Batman, 77 Sunset Strip) mas nunca teve a chance de produzir obras de FC que amava. Ele se chamava Howie Horwitz.

O quanto de ciência e o quanto de ficção você acha que deveria haver em FC?

Deveria haver sempre um pouco de ciência, mas não necessariamente algo muito aprofundado. Se você considerar a psicologia como ciência, então Dostoevsky se enquadraria. Depende do quanto quiser flexibilizar a definição. Não sendo eu um cientistas, quando uso ciência mais a fundo em um livro (MIDWORLD, SENTENCED TO PRISM, etc.) eu sempre tento pesquisar minuciosamente.

Qual o aspecto mais desafiador ao escrever uma estória?

Criar personagens interessantes e verossímeis. Este e o centro de uma estória de sucesso. O resto é floreio. Talvez algum tipo de floreio muito interessante, mas apenas floreio. Vejamos a falha crítica do filme MISSION TO MARS. Todos pontos problemáticos estão nos personagens e no enredo, não nos aspectos de ficção científica.

Você escreveu “Splinter of the Mind’s Eye” e o primeiro original de “Star Wars”. Como o trabalho chegou a você?

Meu agente recebeu uma ligação do advogado de Lucas naqueles dias: Tom Pollock (agora um dos homens mais poderosos em Hollywood). Alguém havia lido meu livro ICERIGGER e sabia que eu já havia feito adaptações de filme para romance e pensou que eu poderia fazer a adaptação do novo filme de Lucas. Eu conhecia seu trabalho através de THX 1138 e American Graffitti. Aceitei a oferta de me encontrar com Lucas e o fiz na Industrial Light and Magic, naqueles dias, um pequeno armazém em Van Nuys, California (convenientemente perto da casa da minha família). Nos demos bem e peguei o trabalho para fazer dois livros. E foi assim que aconteceu.

O que a Internet significou para você como autor?

Muitos bons feedback de meus leitores e a chance de disponibilizar informações suplementares as quais os editores não gostam (vejam meu website) http://www.alandeanfoster.com

Você é uma autor proeminente de mais de 105 livros. O que isso significa para você?

É como tentar encontrar a mesma maneira de dizer essencialmente a mesma coisa, como “O céu é azul” oitenta e três vezes e não soar estúpido.

O que o atrai à FC?

Quando criança sempre quis ser um viajante. Fui influenciado pelo Tio Patinhas. Muitas vezes me perguntam sobre minhas quem me influenciou, eu respondo: Herman Melville e… Barks. Carl Barks escrevia e desenhava o Pato Donald e criou o Tio Patinhas. O Patinhas tinha penas e uma bengala, mas é basicamente um velho. Até onde me lembro é o único herói sênior de uma HQ e mesmo assim, acumulou centenas de aventuras ao redor do mundo. Barks não viajava, mas como fazem muitos escritores ele lia a National Geographic. Conhecia muito sobre o mundo e ciências e eu pensava “Gostaria de fazer isto também”. Não tenho a fortuna do Tio Patinhas, mas eu viajo bastante. Em relação à FC, estou preso a este planeta. Este é o único que irei ver, mas em minha imaginação, posso inventar lugares que gostaria de ver, culturas que gostaria de tomar contato e pessoas com as quais gostaria de me encontrar. Nenhuma delas existe de fato, mas ao inventá-las eu consigo ir a todos estes lugares. Isto funciona maravilhosamente. Sou uma espécie de viajante interestelar.

 Quando criança o que gostaria de ser?

Eu queria ser Francis Burton. Um homem que falava 45 línguas fluentemente, que escreveu um livro sobre esgrima, foi co-descobridor da nascente do Rio Nilo, o primeiro tradutor de As Mil e Uma Noites e o Kama Sutra, sujeito que viajou por todos os continentes, exceto Antártida e foi o primeiro não-muçulmano em Meca. Ele vestiu-se como um muçulmano, construiu um sotaque para cobrir as imperfeições de sua fala, fez circuncisão para ajudar no disfarce e foi até lá sabendo que seria morto se fosse descoberto. Coisas que eu nunca pude fazer pois estamos no século errado agora e não há mais locais não explorados em mapas e também por que eu não disponho de recursos para tal. Os pequenos espaços não explorados terão desaparecido em cem anos. Estamos na era em que o Google Earth pode indicar sua casa há milhas de distância.

Deixe-me perguntar sobre a adaptação que fez de Transformers, o filme. Adorei o filme e o livro. Quais são seus pensamentos sobre isto?

O sucesso do filme foi uma grande surpresa para muitas pessoas. (…) Foi o “maior” filme do ano. Muitos esperavam que o filme falhasse pois não gostavam de Michael Bay – eu não entendo por que as pessoas o odeiam. Nunca o conheci. Ele fez alguns filmes de altos orçamentos, alguns bem, outros não, mas isso pode ser dito sobre quase qualquer diretor. Por que ele inspira tanta polêmica?

Fiquei impressionado com a fidelidade do livro ao filme.

Obrigado, eu tento ficar fiel.

Alguns outros autores ficariam tentados em apropriar-se da obra. O que o impede de fazer isto?

Você não pode fazer isto nestes contratos. É como se você fosse contratado para pintar a casa de alguém e você pensa que deveria ser bege, mas eles querem verde e rosa. Não me incomodo com isso. Os produtores e roteiristas estão tão absorvidos com o filme que não tem tempo para se preocupar com o que o Burger King irá fazer com os produtos promocionais… O livro também fica livre de inspeções. Eu consigo consertar problemas que encontro. Quanto melhor o roteiro, menos me dá trabalho. Quanto pior… Você sabe, em algo como “The Black Hole,” tive muito trabalho para racionalizar os erros cometidos no filme! Normalmente, não é tão ruim assim. Mas quando me deixam em paz (como o de costume) eu resolvo as coisas. Não adaptei Alien 4: Alien Resurrection por que não me deixaram em paz. Fiz os dois primeiros e quanto ao terceiro, achei o script muito sombrio para um “Alien”. Pensei que matar a garotinha que fora a motivação de viver de Riple, demais. Então eu consertei um bocado de coisas. Depois recebi uma carta de Walter Hill, o produtor, dizendo “Fez um trabalho muito bom com o filme com Nick Nolte e Eddie Murphy…”

48 Horas?

É. Mas na FC é diferente. Em Alien 3 construí estórias e motivações para todos aqueles presidiários. Walter Hill, entretanto disse, “tire tudo fora e escreva dentro do script original e o livro será muito melhor.” Ao invés de escrever uma carta explicando que tinha escrito os dois primeiros e que James Cameron estava satisfeito com eles, retirei toda minha criação original e fiz conforme o script. E por isso que não fiz Alien 4. Não queria passar por aquilo tudo novamente. Normalmente não me incomodam e isso é ótimo. Escrevi Star Wars: Episódio IV, e numa reunião no escritório George disse, “Amei o que você fez com o livro, ótimo trabalho”. E foi isto! Ele pediu para tirar uma ou duas coisas do “Splinter of the Mind’s Eye” uma por que seria muita caro de filmar. A ideia do “Splinter” é que se Star Wars não fosse um grande sucesso de bilheteira e houvesse algum resíduo financeiro para mais um filme, ele queria algo que pudesse ser filmado com baixo orçamento. Por isso o cenário é um planeta cheio de névoa. O livro abria originalmente com uma grande batalha espacial, mas seria muito caro de filmar, então tive que tirar. Era algo pequeno, mas aquelas duas mudanças foram tudo que me pediu. “Bom trabalho. Obrigado.” Normalmente me deixam em paz. Mas de volta à sua pergunta, vejo as adaptações como uma colaboração com o roteirista, não como algo que é meu para mudar e transformar..

Bem, as entrevistas tem mais questões, mas não posso me estender muito mais. Espero que tenham gostado das curiosidades.

Entrevistas originais:

Zoom Multiversos – Março 2011

Estamos vivendo na era da produção desenfreada de conteúdo. Muito é publicado, usamos ferramentas para lidar com isso, rss, google reader, seguir blogs, etc. Mas acaba que alguma coisa sempre passa batido. A idéia do Radar Multiversos é dar uma segunda chance de ver alguma coisa que rolou, principalmente nos blogs de literatura, filtrando resenhas e estrevistas relacionadas à literatura fantástica. Vamos começar com revisões mensais, mas conforme o ritmo podemos mudar isto para quinzenal ou semanal.

Bem, vamos lá… O que rolou que chamou nossa atenção em março:

No Blog da Flávia Côrtes foi divulgada a antologia digital “O Mal Bate à sua Porta”, contendo o conto da autora, “Quiromancia”. – http://bit.ly/h2ki0r

Algumas coisas que chamaram a atenção nas publicações de Roberto de Sousa Causo no Terra Magazine:
Resenha de A Situação (The Situation), Jeff VanderMeer. (Tarja Editorial)

Os responsáveis pela Tarja Editorial escolherem este livro do americano Jeff VanderMeer para iniciar sua transição de um catálogo composto exclusivamente de autores brasileiros, para o de uma editora que também traduz obras significativas do exterior. Leia mais: http://bit.ly/e3eg8h
Entrevista com Marcello Simão Branco, co-criador do Anuário Brasileiro de Ficção Científica – http://bit.ly/g5EGHk

A última edição do Drops, de 26 de Março com muitas dicas relevantes – http://bit.ly/g1pU3b Destacamos: O Lançamento da antologia Assembléia Estelar: Histórias de Ficção Científica Política e da  a antologia Sobrenatural, de Ademir Pascale, os Indicados para o Prêmio Nebula 2010, o site renovado do ilustrador Vagner Vargas, entre outros.

Do blog, Minha Estante, selecionamos a resenha do livro, Fuga de Rigel de  Diogo de Souza – http://bit.ly/fjvnLA

Do blog, Literatura de Cabeça, selecionamos as resenhas::
O Elemental, Vanessa Bosso – http://bit.ly/gnCO6Q
Dragões de Éter – Caçadores de Bruxa, Raphael Draccon – http://bit.ly/ftk1YR
Dragões de Éter – Corações de Neve, Raphael Draccon – http://bit.ly/eWdmll
Anacrônicas – Pequenos Contos Mágicos, Ana Cristina Rodrigues – http://bit.ly/hpKwyD
Para Ler Romances com um Especilista, Thomas C. Foster –  http://bit.ly/e0neG4
Entrevista com, Simone Marques – http://bit.ly/fDj3Ju

No Blablabla alteatório:
O Segredo da Guerra, Estus Daheri – http://bit.ly/fwi3Si

Lendo e comendo:
Draco-Saga, o despertar, Fábio Guolo – http://bit.ly/g2HW5F

Conversando com Dragões:
Neerack – O Segredo de Kalina, Allysson de Matos – http://bit.ly/g2iURD

Artigo bacana na Arena Fantástica: Fontes de Inspiração na LitFan Brasileira – http://bit.ly/gqdvuF e a Resenha de Extraneus 1, da Estronho – http://bit.ly/fbU40k
(logo mais resenha aqui na Multiversos também)

Outra resenha de Draco-Saga, o despertar – na Rkbooks – http://bit.ly/fb0ByW

Na Taberna dos Vikings, uma entrevista super legal com a Cris Lasaitis –  http://bit.ly/eqfxJG

Na livros em série:
Crônicas de Senhores de Castelo, G. Brasman & G. Norris – http://bit.ly/dH3nRb
Como Quebrar a Maldição de um Dragão, Cressida Cowell – http://bit.ly/hA7ZQE
O Princípio do Fim, Manuel Loureiro – http://bit.ly/hwGiFu

No Leitura Escrita, Duplo Fantasia Heróica: O Encontro Fortuito de Gerard van Oost e Oludara/A Travessia – Christopher Kastensmidt/ Roberto de Sousa Causo – http://bit.ly/eGlo9R

Bem, começamos a exploração dos multiversos em multiblogs… Nos vemos no próximo Zoom!

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