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Dois em um: Ecos#1 e Cidadão Incomum#1 – Universo Guará

É possível que tenham visto que nós participamos da CCXP na edição virtual com vários lançamentos.

A participação também nos levou a conhecer o trabalho de muitos artistas em várias mesas. Eu já tinha visto algo a respeito do Universo Guará, mas tive a oportuniade de acompanhar vários bate-papos na Mesa do Rapha. Dalí, veio o interesse de conhecer uma pouco das histórias que eles estão produzindo.

Comprei uma cópia digital de Ecos #1 e Cidadão Incomum #1.

Vamos deixar nossas impressões aqui.

Ecos #1

Roteiro – Lauro Kociuba
Desenho e letras – Rapha Pinheiro
Arte final – P. R. Soliver
Cores – Vitor Wiedergrum

Ecos nos leva a um mundo pós-apocaliptico no qual conhecemos Kenneth e Alev. Ambos moram num complexo habitacional conhecido como A Torre. Aqui já vale destacar o trabalho incrível da arte dessa revista. Os cenários desenhados pelo Rapha realmente roubam a cena (ou as cenas). Um belo trabalho de linhas, enquadramentos e ângulos que trazem o leitor para dentro desse universo. As cores também, são um show à parte.

Mas enfim, continuando, a dupla circula por uma cidade arruinada até chegar num ponto de encontro… Em uma caverna conversam com uma personagem misteriosa. Kenneth parece insatisfeito de algum modo com sua vida Na Torre e parece surgir uma chance de conquistar algo de melhor. Isso  dá indicação de para onde pode a história pode caminhar.

Apesar de ainda não acontecer muita coisa nesse prímeiro capítulo, a HQ gera interesse pelos personagens e por entender melhor aquele mundo tão bem retratado pelos paineis.

[ATUALIZADO] Se você procura por uma HQ digital com um custo bacana e que te leve para “outros mundos”, Ecos é certamente uma ótima pedida. Em outra oportunidade falaremos mais sobre essa série. Pelo que entendi, fecha-se um primeiro arco nas primeiras 5 edições, todas já disponíveis.

A Guará mudou seu modelo de comercialização e essas histórias estarão disponíveis para compra em versão física via assinatura do Almanaque. Coisa que me fez lembra do modelod e venda de mangás no Japão, por exemplo, com a revista Shounen Jump. 

 

Cidadão Incomum #1 

Episódio 1 – A ponta do Iceberg

Roteiro e arte – Pedro Ivo
Letras – AManda Valle

Cidadão Incomum nos leva para a cidade de São Paulo. A mídia faz cobrtura a respeito de aparições misteriosas. Neste contexto, nos vemos o embate entre o Cidadão Incomum, heróis mascarado com os poderes de voar, telecinese e eletrocinese, e um bandido perigoso conhecido como Zika.


Ao mesmo tempo, conhecemos Caliel, a pessoa por trás deste herói, alguém que ainda não compreende bem de onde vieram seus poderes. O confronto dele com o bandido, desencadeia uma investigação policial e a coisa toda complica quando o bandido Zika torna-se foragido.

Aliás, vale ressaltar que o que mais curti nesse primeiro número foi a caracterização deste vilão. O trabalho do artista com os personagens é bem legal, e a história também tem bons cenários, mostrados em alguns paineis, da obra. Em muito outros, o artista opta por trabalhar persoangens sem muitos elementes de cenário.

[ATUALIZADO] A primeira edição, com suas 24 páginas, já dão um gostinho de para onde essa história de super-heróis pode ir. A este momento, a série já chegou à sua quinta edição.

A primeira edição do Almanaque trás Ecos #1, Cidadão Incomum #1, Santo #1 e Segundo Tempo #1. Assine o Almanaque.

Corruption – O senhor do abismo cósmico – partes 1 e 2

Nesta HQ com um acabamento diferenciado (21×29) temos uma distopia de futuro próximo que se passa no Brasil. Há três elementos principais na trama: a sociedade corrupta liderada por uma sociedade de corruptos/corruptores que secretamente cultuam uma entidade sombria, um investigador da polícia e um vigilante que surge jurando matar os corruptos e com um plano para corrigir os problemas da nação.

É uma história com temática pesada, sexo e violência, não recomendada para menores. Começa mostrando um pouco da vida do policial Cley e sua família. Cley é conhecido em seu departamento como Pica-Verde e é um cara meio depressivo e que se sente fracassado. Sua esposa também passa por problemas ao tentar encontrar um emprego melhor… O novo caso que chega para Cley e sua equipe diz respeito ao Apóstolo Isac, líder da Igreja Templo Mundial da Mão de Deus. Ele procura a polícia após ter sido atacado por um misterioso vigilante, que o religioso acredita ser uma criatura das trevas.

Conforme a história progride, descobrimos mais sobre o vigilante, que é uma pessoa muito inteligente, com conhecimentos de tecnologia e química… Os caminhos dele se cruzam com o da garota de programa Nara. Através dela acabamos por conhecer um pouco do vigilante e seus planos.

Com o final da segunda edição, a história ainda não dá sinais de estar perto de seu fim.

Sobre a parte técnica, a primeira surpresa vem por conta do formato grande da HQ e bons materiais de acabamento. A arte das HQs são produto do trabalho conjunto de vários artistas, entre eles Ronilson Freire, Jeff Batista, Jack Jadson e Marcos Martins. O traço que vemos nas páginas, em geral, é muito bom e maduro, quanto as cores, a revista possui uma boa iluminação no geral, uma paleta bem escolhida, mas em alguns pontos surgem alguns efeitos de embaçado que incomodam um pouco. Devido ao formato grande, algumas cenas não ganham o benefício da redução dos traços que é tipico de muitos trabalhos que vemos em quadrinhos, no qual o artista faz a arte num tamanho maior que é reduzido e em geral, apresenta um resultado agradável. Nestas duas HQs vemos alguns quadros que ficam bem no formato grande e outros, nem tanto.

O conjunto da obra é muito bom, sendo que nos apresenta uma visão crua do futuro do Brasil e um conjunto de personagens interessantes, mas cujos arcos de história ainda estão em suspenso. Fica nossa expectativa para o lançamento de novas edições que darão continuidade à trama. Vale destacar como ponto forte, a figura do vigilante, que possui uma concepção visual muito interessante, lembrando um pouco o Duende Macabro, inimigo Homem-Aranha, e o Batman. Sua moral porém é mais a de um anti-herói como o Justiceiro o que confirmamos em suas ações violentas e seu lema: TODOS OS CORRUPTOS DEVEM MORRER.

As duas edições são criação de Tom Gomes e Ronilson Freire e foram produzidas através de financiamento coletivo, veja as campanhas:

Alynna – Laís Menini e Dan Arrows

Alynna é uma HQ no estilo Mangá que adquiri via financiamento coletivo. Conta a história de uma  uma repórter investigativa com poderes psíquicos.  O artista Dan Arrows tem um traço muito elegante e limpo, transmitindo bem a narrativa visual e dá ao leitor imagens bem agradáveis para apreciar. A HQ é em branco e preto com muito uso de retículas, como é típico nesse tipo de acabamento, mas com algo interessante: foi escolhida uma segunda cor para mostrar os momentos em que a heroína utiliza seus poderes. Isso foi uma boa sacada e dá um movimento interessante à narrativa visual.

Alynna começa uma investigação que a vai levando a espécie de conspiração envolvendo um jovem deputado em ascensão. O mundo da história é uma cidade fictícia “genérica”, mas que remete à realidade brasileira. No primeiro volume não há explicações sobre a origem dos poderes de Alynna, e a história também não conclui um arco completo. Obviamente sendo uma série, termina numa situação tensa deixando o suspense no ar para a continuação no número 2.

Alynna tem personagens interessantes, uma trama que promete e um tipo de acabamento visual e editorial bem feito o que nos deixa curiosos sobre quando irá sair a continuação.

Veja algumas imagens da HQ:

Alynna – Volume 1  – formato 14 x 21 cm, 78 páginas.
Roteirista: Laís Menini
Ilustrador: Dan Arrows

Compre aqui!

 

Mitsar – Studio Seasons

A edição de Mitsar que adquiri (no FIQ2018) é uma revista em formato grande (27,5×20,5cm) um pouco incomum para um mangá, mas que permite ao leitor apreciar com maior detalhe a bela arte de Sylvia Feer. Contado com roteiro de Montserrat, a história foi originalmente publicada em 18 partes na revista Neo Tokyo.

O mangá conta a história de Khemis de Hadjut, o filho mais jovem do rei Fonduk. (Hadjuts são humanoídes com chifres…) Sem interesse pelo trono de seu pai, ele está tentando se provar como um piloto de corridas. Na história ele leva uma ideia  de nova máquina para Prudon, o melhor construtor da cidade de Cheurfa.

Também participa da trama a princesa Daya, herdeira de Oásis. Sua raça possui magia e ela conta com uma flauta para canalizar seus poderes. Ela também uma das participantes da centenária corrida de Mitsar. Mas essa corrida não vai ocorrer sem que alguns obstáculos precisem ser superados! Eles precisarão se cuidar com o Grande Mormik, um ambicioso líder religioso que pretende dificultar as coisas para Khemis.

A arte é muito bonita e detalhada, sendo que a variação de um traço realista convive com os traços de humor escrachados que surge para dar ênfase a piadas e emoções.

Se você aprecia mangás, essa revista é certamente uma que merece um lugar em sua coleção! Aproveitem que está em promoção na loja!

Visite o hotsite de Mitsar no site do Studio Seasons, para mais informações e extras.

Cotidiano Fantástico – Fabiana Signorini e Kátia Schittine

Mais uma HQ indie por aqui. Desta vez, uma pequena HQ produzida pelas Senhoritas de Patins, Fabiana Signorini e Kátia Schittine. A HQ reúne duas histórias, Hespéride e A Encomenda.

Hespéride, por  Fabiana Signorini, mostra um grupo de universitários que está fazendo uma caminhada quando encontram um misterioso templo no meio da floresta. O que encontram ali é algo além da imaginação e vai mudar suas vidas. É uma HQ em preto e branco bem desenhada, bons cenários e um pouco de aventura que aparentemente deve funcionar como uma história de origem. Não sei se a história continua, mas certamente seria interessante ver para onde vai.

A Encomenda, por Kátia Schittine, mostra a história de uma garota que acaba se envolvendo numa confusão de natureza mágica/sobrenatural ao tombar com uma senhora numa esquina. Essa senhora pede a ela um simples favor, mas isso a leva a viver uma situação surreal e perigosa. É uma história mais fechada que funciona bem como um conto, sem continuações, ainda assim, vários elementos apresentados na trama não são explicados de forma que se história possuísse uma continuação, teria muita coisa a explicar.

Para conhecer mais do trabalho das artistas:

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