Quem é leitor do Selo Multiversos sabe bem que um de meus personagens favoritos é o anti-herói, Elric de Melniboné, criado pelo autor britânico, Michael Moorcock. Infelizmente, não tenho muitas resenhas dos livros de Elric aqui, pois li a maioria deles antes de criar esse blog e começar a escrever resenhas. (temos algumas resenhas de outras obras do autor.)
O personagem e os artistas
Elric é um albino de saúde débil, introspectivo e atormentado, mas mesmo assim o imperador do reino ancestral de Melniboné, uma superpotência em declínio, e servo dos Senhores do Caos, à semelhança dos seus antepassados. O povo de Melniboné é elegante, porém cruel, na maior parte desprovido de sentimentos: de entre todos, apenas Elric é dado a sensibilidades modernas.
Ele já foi representado por diversos artistas tais como James Cawthorn, Jack Gaughan, Robert Gould, Frank Brunner, Craig Russell, Gerald Brom, Michael Whelan, entre outros.
Inteligência artificial e o legado dos artistas
É com a herança das representações feitas de Elric pelos diversos artistas que surgiu um esteriótipo descritivo/imagético utilizado pelas inteligências artificiais, como a Mid Journey, para gerar novas imagens do personagem, como veremos a seguir.
Antes de mergulhar nessa galeria, uma pequena reflexão. Eu sempre gostei de desenhar e cursei Belas Artes e sei o quanto é trabalhoso conceber e criar uma boa peça de ilustração. Estamos vivendo um momento no qual vemos a popularização da tecnologia computacional aplicada à geração de imagens de valor artístico. Presenciamos um daqueles momentos históricos, como os primeiros passos de homens na lua, em que coisas antes imaginadas pela ficção científica se tornam realidade.
Não sei dizer até que ponto devemos ou não chamar de arte, aquilo que uma IA consegue gerar, mas independente disto, o resultado visual é, muitas vezes, assombroso. É quase mágico, milagroso: você dá o comando e em instantes, vê o que o programa consegue gerar. Interage com os resultados e pode refinar sua “busca visual” até chegar, ou não, numa representação do que imaginou.
Eu entendo que, de algum modo, esses programas estão conseguindo absorver a essência, não apenas de conceitos visuais, dos materiais existentes no mundo, como a luz se comporta, e também, estilos visuais de movimentos artísticos e artistas, em particular.
O experimento
Meu experimento foi bastante simples e tinha o objetivo de entender o quando o programa era capaz de compreender o conceito visual do personagem e a emulação do estilo de um dado artista, ou conceito visual. Utilizei versão 4 do algoritmo da IA Mid journey. Não fiz “prompts” elaborados para gerar as imagens abaixo, digitei apenas algo como: “Elric de Menliboné por Artista X” e selecionei entre as imagens geradas as que mais me agradaram.
Tenha um bom passeio!